O Colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aceitou um termo de compromisso proposto por Renato José Goettems, acionista e conselheiro da Technos (TECN3), para por fim no processo em que era investigado por “insider trading” (uso indevido de informação privilegiada).
Para fechar o acordo, Goettems se propôs a pagar R$ 300 mil à CVM.
O caso
O executivo tornou-se réu da área técnica da CVM, ao ser acusado de vender o equivalente a R$ 697 mil em ações ordinárias da Technos em 3 de novembro de 2022.
A operação se deu apenas quatro dias antes de a companhia divulgar o balanço do terceiro trimestre daquele ano, o que é vedado pelas regras do mercado de capitais, já que, como conselheiro, ele tinha teoricamente acesso às informações que seriam divulgadas.
Na ocasião, a empresa apresentou alta de 32,8% no lucro e leve crescimento na receita, mas o papel registraria queda acumulada de 10% entre o dia em que Goettems vendeu suas ações e 23 de novembro, duas semanas após a divulgação do balanço.
Depois, porém, os papéis engatariam uma alta sustentada, acumulando só este ano uma valorização de mais de 60%.