Levantamento
realizado pela Datagro
Grãos mostra que, até dia 5, a comercialização da safra
2023/24 de soja alcançou 41,6% da produção esperada. O percentual é abaixo dos
43,0% observados em igual período do ano passado, além de muito distante dos
71,5% do recorde da safra 2019/20, e dos 57,6% da média dos últimos cinco
anos.Porém, o
avanço mensal foi de 8,4 pontos percentuais, bem superior aos 2,2 p.p.
registrados no mês anterior, apesar de aquém dos 9,2 p.p. em 2023 e dos 9,1
p.p. da média normal.

“O ritmo
melhor dos negócios ficou dentro de nossa expectativa, pois a valorização dos
preços foi confirmada, além de absorver a alavancagem de recursos para a compra
de insumos da safra de inverno e da safra 2024/25”, comenta Flávio Roberto de
França Junior, economista e líder de conteúdo da Datagro Grãos.

Considerando a atual estimativa de
produção em 146,3 milhões de toneladas, os produtores brasileiros negociaram,
até a data analisada, 60,9 mi de toneladas de soja. Em igual período do ano
passado, esse volume de produção negociado estava maior em termos relativos e
absolutos, chegando a 68,9 mi de toneladas.

Safra
2024/25

As
negociações da safra 2024/25 também andaram um pouco melhor no período
analisado. O levantamento da Datagro
Grãos aponta para 2,7% da expectativa de produção
compromissada, salto mensal de 1,4 p.p., acima dos 0,9 p.p. em semelhante época
do ano passado, mas abaixo dos 3,1 p.p. da média plurianual.

Dessa
maneira, o fluxo está aquém dos 4,3% compromissados em 2023 e muito distante
dos 19,9% do recorde da safra 2020/21, além de abaixo dos 9,8% da média
plurianual.

Conforme
exercício inicial realizado pela consultoria – a intenção de plantio sai em
julho –, a projeção para safra 2023/4 é de 160,5 milhões de toneladas, o que
representaria um crescimento de 9% ante a temporada atual.

Milho

As negociações da safra 2023/24 do
milho de verão no Centro-Sul do Brasil andaram de forma mais acelerada no
período analisado. O levantamento da Datagro Grãosaponta para 19,9%
da expectativa de produção compromissada, salto mensal de 8,4 p.p., acima dos
5,4 p.p. apontados no levantamento anterior, mas abaixo dos 16,0 p.p. em
semelhante época do ano passado e dos 14,7 p.p. da média plurianual.

Dessa
forma, a comercialização se encontra aquém dos 25,5% compromissados em igual
momento de 2023 e muito distante dos 36% da média normal.“Em números
absolutos, temos vendas de 3,6 mi de t, de uma safra de 18,2 mi de t. Em 2023,
nessa mesma época, tínhamos vendas de 5,1 mi de toneladas”, comenta França
Junior.

A comercialização da safra de inverno
2024 da região, estimada em 81,9 mi de t, chegou a 19,5%, contra 14,4% no
levantamento anterior, 22,4% na mesma data do ano passado e média plurianual de
39,2%.

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