A
segunda-feira, 15, encerrou com queda para as principais commodities na bolsa
de Chicago. E novamente o dólar mais forte contra o real contribuiu para a
queda dos futuros da soja. Neste pregão todo o complexo da soja caiu da seguinte
maneira: óleo -0,92%; farelo, -1,71%; e o grão -1,34%. Já o milho registrou uma
desvalorização de 0,92% e o trigo de 0,76%.
Nesta
segunda também foi divulgado as condições das lavouras nos EUA. O milho avançou
para 6% ante 3% da semana passada, e a soja para 3% da área total plantada, equivalente
ao ritmo do ano passado.
O
clima traz uma pressão adicional para o complexo da soja. Perspectivas
climáticas apontam para um tempo mais estável na Argentina, o que favorece o
desenvolvimento da colheita e traz mais concorrência para o complexo da soja e
para o milho.
Contrato
de milho
Na
B3 o contrato de milho maio subiu 1,85%, na contramão da CBOT e, a princípio,
ignorando as recentes chuvas nos estados de PR, MS e MT, que melhoram as
condições das lavouras. Apesar do câmbio ter subido bem, é difícil creditar
esse movimento altista inteiramente a ele, pois no momento a janela de
exportação tem pouco impacto no mercado interno.
Sendo
assim, o mercado pode estar reagindo a possibilidade de uma quebra na Argentina
devido a infestação da cigarrinha, que prejudica as condições das lavouras.
Outro
fator é o recente corte da Conab publicado em dia 11, em que reduziu a sua
expectativa de produção de 112.75 milhões para 110.96 milhões de toneladas.
Este ponto ainda divide opiniões. Apesar desse número bastante agressivo,
produtores de várias regiões estão reportando condições favoráveis para o
desenvolvimento da cultura e esperam colher um volume maior do que o previsto.
Oriente
Médio
Agora
falando do cenário macroeconômico, houve a deflagração da retaliação do Irã a
Israel, que, como o previsto por vários especialistas em geopolítica, seria uma
retaliação de pouco impacto. Com isso as tensões acerca deste tema que se
acumularam nos futuros do petróleo foram diminuídas e, e se viu nesta segunda
esse mercado caindo na maior parte do dia, mas encerrou estável com ganho de
apenas 0,14%.
Isto
posto, o que vem preocupando os mercados ao redor do globo e a manutenção de
taxas de juros mais altas nos EUA. Fato que já foi amplamente discutido nos
artigos anteriores. Bolsas nos EUA recuam forte, SP 500 caiu 1,20% e
NASDAQ 1,79%.
Na
Ásia, com exceção da bolsa de Shangai, todas as demais fecharam em queda. Na
Europa o dia foi positivo, ao se descolar do sentimento global, o Euro Stoxx 50
subiu 0,58% e a principal alta do dia veio da bolsa alemã, com 0,63%. Aqui no Brasil
o índice Ibovespa seguiu o cenário externo e fechou com queda de -0,49%,
acumulando uma queda de -2,16% no mês.