Conforme os analistas do BB, eles reconhecem que as movimentações do Ibovespa não deve descolar no curto prazo do principal ativo financeiro do mundo: a curva de juros dos EUA. De acordo com eles, forma-se um consenso de que o comitê de política monetária do FED deve adotar três cortes de juros a partir de junho, embora a autoridade se diga “paciente” ao analisar as dinâmicas de inflação, mercado de trabalho e crescimento econômico antes de materializar a expectativa do mercado. Isso explica um pouco a retirada ainda expressiva de estrangeiros da bolsa brasileira em março, de cerca de R$ 6 bilhões.
Já no Brasil, o BC adotou uma postura de maior cautela, indicando o movimento futuro (forward guidance) de corte de 50 pontos apenas para a próxima reunião.
“A decisão se deu em meio ao ‘aumento de incertezas’, o que, por ora, não exerceu influência sobre a perspectiva para a taxa terminal, mas já sustenta maior pressão sobre os nomes mais cíclicos da bolsa”, comentam.
Movimentações cirúrgicas
Em vista desse cenário e a análise de fatores corroborando para que a temática de qualidade de resultados permaneça consistente, BB realizou movimentos pontuais. “Agregamos indicações de nomes com perspectivas de revisões positivas de lucros, além das dimensões de forte geração de caixa, rentabilidade e menor volatilidade de resultados ao longo de diversos ciclos, resultando em uma seleção diversificada e consistente, conforme divulgamos em nossa carteira fundamentalista de ações.”
Este cenário também é destaque para a MyCap. As expectativas sobre a redução do ritmo no corte da taxa de juros ficaram mais evidentes, após ata do Copom indicar a necessidade de novas análises do momentum econômico. “Destacamos os indicadores de emprego e reajuste do salário mínimo como alavancadores de confiança do consumidor e propensão ao consumo.”
De acordo com os analistas da MyCap, o cenário está mais construtivo, ainda que impactado por incertezas que geram dúvidas sobre o retorno de diferentes investimentos e mantendo em níveis elevados os riscos para os investidores, especialmente impactando os investimentos estrangeiros.
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