O ceticismo em relação ao resultado fiscal ainda é grande, o que traz volatilidade para as curvas de juros e os mercados em geral. Conforme a Ativa, a novidade ficou para a ata do Copom, com a mudança na sua postura para os próximos passos (forward guidance) indicando mais cautela por parte da autoridade monetária, o que levou os nossos economistas a revisarem a taxa terminal da Selic, antes de 9,5% e agora em 10%.
Risco fiscal ainda no radar
“Mantemos a visão de que, por enquanto, a alteração do BC não representa uma ruptura e, embora a Selic possa terminar em patamar um pouco mais elevado, a tendência ainda é benéfica para os mercados e segue corroborando a responsabilidade do Copom. Nossa expectativa ainda é de um mercado em compasso de espera, mas que pode ir ganhando contornos mais otimistas, na medida que nos aproximamos do esperado início do ciclo de queda de juros pelo FED, que pode estimular a busca por ativos de risco pelos investidores globais e, portanto, a entrada de fluxo estrangeiro na bolsa brasileira”, afirmam os analistas da Ativa.
No cenário doméstico, conforme eles, soma-se o sentimento de que o ambiente político carrega riscos maiores após queda de popularidade do Executivo frente a possíveis intervenções de cunho mais populista e que trariam efeitos negativos sobre a economia e, em especial, em setores regulados.
“Seguimos recomendando prudência na alocação em renda variável, preferindo teses seculares que pouco dependam da robustez do crescimento da economia doméstica, mas ainda gostamos de setores que podem se beneficiar de eventual fluxo de capital estrangeiro”, recomendam.
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