Nesta terça-feira (2), pela primeira vez no atual governo federal o Banco Central do Brasil intervém no câmbio. Isso porque na segunda-feira (1), o dólar fechou em R$ 5,059, a maior cotação dos últimos seis meses, devido a incertezas sobre a economia dos EUA.
Segundo comunicado oficial, o BC faria um leilão adicional de até 20 mil contratos de swap cambial, o equivalente a US$ 1 bilhão. Vale lembrar que em 2023 o Banco Central não colocou dinheiro novo no mercado, apenas promoveu a rolagem de linhas e do estoque de swaps cambiais.
Em nota, a instituição diz que a medida foi tomada para atender a uma demanda gerada pelo resgate do título NTN-A3, atrelado ao câmbio, previsto para 15 de abril.
A NTN-A3 é um título público que nos últimos anos não tem sido negociado pelo Tesouro Nacional. No entanto, há no mercado instituições que mantêm o papel em suas carteiras.
“As condições para operacionalização do leilão serão divulgadas por intermédio de comunicado do Departamento de Operações do Mercado Aberto (Demab)”, informou o BC.
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Por que o Banco Central intervém no mercado de câmbio?
O Brasil mantém regime de câmbio flexível. Nesse regime, a taxa de câmbio flutua livremente, em resposta aos fluxos cambiais, sem níveis máximos ou mínimos estabelecidos para a taxa de câmbio.
Nesse regime, o Banco Central participa do mercado de câmbio somente para garantir seu funcionamento adequado, inclusive por meio de ações voltadas a conter eventuais movimentos desordenados da taxa de câmbio, evitar restrições de liquidez e assegurar o provimento de mecanismos de proteção ao mercado. (Fonte: Banco Central do Brasil)
(Com informações Exame; InfoMoney, BC)