Conforme a divulgação dos resultados trimestrais (4T23), a Hidrovias do Brasil (HBSA3) apresentou desempenho negativo mas em linha com as expectativas do mercado. O número mais significativo foi o EBITDA Ajustado de R$8 milhões informado pelos analistas da XP, representando uma queda de 93% em relação ao ano anterior.
A empresa atua oferecendo soluções através de transporte hidroviário, operações de terminais, cabotagem e integração de serviços logísticos. Registrando um 4T23 desafiador em duas das quatro rotas que hoje trabalha.
No Corredor Norte registrando um EBITDA negativo de R$39 milhões. Devido à antecipação das pausas para manutenção, causada pelos baixos níveis de calado na região. Bem como, no Corredor Sul, onde a situação não foi diferente, com um EBITDA de R$38 milhões e uma margem EBITDA de 22%. Afetados pelo “protocolo de águas rasas”, resultando em custos adicionais e uma redução na diluição dos custos fixos.
Por outro lado, houve aspectos positivos a serem considerados. Em Santos, a empresa registrou um crescimento operacional significativo, com um EBITDA ajustado de R$19 milhões. Um aumento impressionante de 123% em relação ao ano anterior destacado pelos analistas da XP. Dessa forma, impulsionado pelo aumento do volume de operações, que cresceu 74% com o ramp-up do terminal. Além disso, a Hidrovias do Brasil (HBSA3) iniciou um novo contrato com a Rumo para transporte ferroviário de fertilizantes, prevendo um crescimento adicional no primeiro semestre de 2024.
Pontos de atenção para Hidrovias do Brasil (HBSA3)
Conforme a observação de diversos analistas, a alavancagem da empresa é um ponto de atenção. Pois aumentou para 4,2 vezes a dívida líquida/EBITDA, comparado a 3,8 vezes no trimestre anterior, devido à redução do EBITDA nos últimos 12 meses. Contudo, embora a HBSA3 tenha adiado seu processo de desalavancagem, planeja financiar o vencimento de seus títulos em 2025 por meio de emissões no mercado local em 2024, garantindo um cronograma saudável de amortização da dívida.
Portanto, apesar dos resultados do 4T23 da Hidrovias do Brasil (HBSA3) tenham sido negativos e em linha com as expectativas cabe ao investidor monitorar a capacidade da empresa em contornar a situação. A empresa continua enfrentando desafios significativos em relação aos baixos níveis de calado e à pressão nas margens e alavancagem. Mas, alguns analistas sinalizam para o viés de risco e retorno do ativo que pode apresentar estratégias de gestão e iniciativas para impulsionar o crescimento operacional nos próximos trimestres.
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