Conforme os recentes dados econômicos dos EUA, a estabilidade dos indicadores estão adiando possíveis cortes nas taxas de juros. O patamar da inflação preocupa confirmado pela resiliência da atividade econômica americana.
Indicadores como vendas no varejo e criação de empregos estão influenciando na política monetária do país e de outros bancos centrais pelo mundo. Na medida em que o tempo passa, o mercado posterga a data do primeiro corte de juros pelo FED. No início do ano era maio, agora está em junho ou será julho? Expectativa de cortes nas taxas de juros reduzida devido a essa resistência econômica.
Por outro lado, aqui no cenário nacional, os dados de atividade econômica também superaram as expectativas, sugerindo uma revisão das projeções de crescimento para o Brasil. No entanto, a inflação ainda representa um risco, especialmente devido à estabilização dos preços dos serviços e alimentos.
O Banco Central brasileiro ajustou sua comunicação sobre a política monetária, buscando mais flexibilidade na condução das taxas de juros. Essa mudança pode afetar a trajetória da Selic, anteriormente estimada por diversos analistas que alcançaria os 9% neste ano. Entretanto, diante do cenário internacional e novos dados locais, a previsão de Selic em um dígito (abaixo dos 10%) já é um desafio difícil para o final deste ano.
Enquanto inflação preocupa, defenda-se na curva longa
Dessa forma, a abertura da curva de juros impacta negativamente os títulos com duration mais longa. Você deve ter percebido com a desvalorização de alguns títulos de renda fixa marcados a mercado, bem como os títulos IPCA+ do tesouro direto com vencimentos mais distantes.
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Contudo, isso não os torna menos atrativos, mas ao contrário, sendo boas alternativas para reforçar a posição. Além destes, você pode considerar as aplicações em títulos isentos, pois podem oferecer retornos líquidos mais atrativos.
Em relação às estratégias de renda fixa, mantemos a opinião sobre os títulos prefixados, considerando atrativos apenas aqueles de prazos mais curtos. E seguimos sugerindo o reforço de posição nas alocações IPCA+ com vencimento longo com cupom e nos isentos em função da volatilidade do mercado. A busca por ativos isentos de IR impactou os spreads (a diferença) de crédito, mas ainda existem oportunidades em emissores mid-grade e high yield para investir. Já os títulos com cupom diminuirão a duration com relação ao prazo final do mesmo e a volatilidade dos preços, promovendo um efeito “segura” na carteira.
Portanto, continue investindo uma parcela do seu dinheiro em renda fixa e surfando o cenário econômico com as alternativas de investimentos. Acesse as sugestões de títulos isentos por aqui e outras alternativas para a renda fixa por aqui.