Na segunda reunião do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) optou por mais um corte de 0,5 p.p. na taxa Selic

O corte na taxa Selic, que já era esperado pelo mercado, foi confirmado na reunião do Copom desta quarta-feira (20/03). O Banco Central (BC) optou por reduzir a taxa de juros para 10,75% ao ano, mantendo a tendência de quedas consecutivas, totalizando o sexto corte.

As projeções divulgadas no Boletim Focus desta terça-feira (19/03) trazem boas notícias em relação à inflação para o ano de 2024. A estimativa da inflação caiu de 3,86%, em janeiro, para 3,79%, sinalizando um cenário mais favorável para a economia brasileira. 

Essa redução na previsão da inflação pode impactar positivamente diversos setores da economia, trazendo maior estabilidade e confiança aos investidores e consumidores. Durante o dia (20/03), o Ibovespa, com a expectativa da Selic, teve alta de cerca de 1%, com abertura em 127.534 pontos. No último mês, o index apresentou uma queda de -0,78%.

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Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (FED) decidiu manter a taxa básica de juros do país no intervalo entre 5,25% e 5,50% ao ano, em linha com as expectativas dos especialistas. Durante a Super Quarta, o dólar oscilou.

A taxa Selic atingiu seu menor patamar desde março de 2022, após o quinto corte consecutivo. Com a redução iniciada em agosto de 2023, a expectativa é que o cenário se mantenha, com previsão de novas diminuições nas próximas reuniões do Copom.

Essa política monetária contracionista visa contribuir para o processo desinflacionário, conforme indicado no comunicado divulgado após o encontro. Essa queda na taxa Selic pode impactar positivamente diversos setores da economia, incluindo crédito e investimentos.

Segundo a XP Investimentos, é esperado que os cortes continuem. A XP afirma que: “Conforme discutido na seção anterior, acreditamos que o Copom manterá o ritmo de flexibilização monetária nos próximos meses. Não vemos, portanto, a necessidade do Copom retirar as projeções futuras de corte no comunicado da reunião desta semana. Continuamos a projetar a taxa terminal em 9,00%. Em nosso cenário base, prevemos quatro cortes adicionais de 0,50 p.p. e um ajuste final de 0,25 p.p., levando a taxa Selic para 9,00%. Projetamos manutenção neste patamar até, pelo menos, o final de 2025.

Com queda da Selic, renda variável é protagonista

A diminuição da taxa Selic pode causar um impacto nos investimentos em renda variável. Com a queda da taxa, alguns tipos de investimentos em renda fixa podem parecer menos interessantes, o que leva os investidores a buscar oportunidades de retorno mais atrativas no mercado de ações e em outros investimentos de renda variável.

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Além disso, uma taxa Selic mais baixa pode ser um incentivo para a economia crescer, o que consequentemente pode afetar o desempenho das empresas no mercado de ações. No entanto, é importante lembrar que as decisões de investimento devem levar em conta diversos fatores além da taxa Selic. É fundamental fazer uma análise completa antes de tomar qualquer decisão financeira.

Essas mudanças podem representar oportunidades interessantes para os investidores atentos às oscilações do mercado e dispostos a diversificar suas carteiras visando potenciais ganhos em cenários econômicos diversos. 

Com a queda constante na taxa Selic, os investidores tendem a diversificar parte de seus investimentos para a renda variável, que pode se tornar mais atrativa. Neste momento, as opções mais interessantes nessa área são ações e fundos imobiliários.

Ações: Cada ação representa uma pequena participação em uma empresa. No caso das empresas listadas na B3 que pagam dividendos e juros sobre capital próprio (JCP), essas ações se tornam escolhas atrativas para gerar renda.

Fundos imobiliários: São fundos de investimento focados em ativos imobiliários, abrangendo diversos segmentos distintos, distribuídos entre as categorias de FIIs de papel, FIIs de tijolo e híbridos. A cada semestre, os FIIs precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos auferidos na forma de dividendos.

Renda fixa ainda se destaca

Apesar da queda, a Selic ainda rende quase 1% ao mês, o que mantém os investimentos em renda fixa atrativos. Nesse sentido, é interessante para o investidor considerar a inclusão de títulos prefixados e indexados à inflação em suas carteiras de investimento. 

Esses títulos continuam oferecendo taxas elevadas devido ao atual nível de juros. Mesmo com a perspectiva de queda da Selic, ela ainda permanecerá em um patamar alto até o final de 2024, em torno de 9%, conforme indicado pelo Boletim Focus (19/03).

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Para uma estratégia de médio prazo, com um pouco mais de risco, os títulos públicos e de crédito privado mais longos permitem que a venda seja realizada antes do vencimento com a possibilidade de ganhos maiores. Lembrando que, ganhos passados não são garantia de ganhos futuros e que cada ativo oferece riscos de acordo com suas características.

Além do Tesouro Direto, existem outros títulos de renda fixa bancários que podem ser encontrados nas modalidades prefixadas ou indexadas à inflação, e que podem somar ao portfólio do investidor de forma mais conservadora, como os CDBs (Certificado de Depósito Bancário), LCIs (Letra de Crédito Imobiliário), LCAs (Letra de Crédito do Agronegócio) e LCs (Letra de Câmbio).

Para aqueles investidores moderados, há também títulos de crédito privado que podem ser encontrados nessas modalidades de remuneração e que permitem a estratégia de venda no mercado secundário:

1) DEB – Debêntures

2) CRI – Certificado de Recebíveis Imobiliários

3) CRA – Certificado de Recebíveis do Agronegócio

Antes de investir, é importante consultar um especialista. Preenchendo o formulário abaixo, um assessor da iHUB Investimentos, empresa parceira do iHUB Lounge, poderá te ajudar a construir uma carteira ideal para o seu perfil.

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