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NOVIDADES ESG

WEG – Pintou novidade. A WEG (WEGE3), uma das maiores fabricantes de motores elétricos do mundo (com 16 milhões de unidades/ano), anunciou investimento de R$ 100 milhões em uma nova fábrica de tintas líquidas industriais, no México. O empreendimento terá 5,3 mil m2 e deverá entrar em operação em 2026.

A companhia já produz tintas em pó para os segmentos industrial e de infraestrutura naquele país. Com a nova unidade fabril da filial mexicana, a WEG ampliará o atendimento em toda a América do Norte e Central. Cabe destacar que no Brasil a empresa catarinense já produz tintas e vernizes industriais nas plantas de Guaramirim (SC) e Mauá (SP).

Em fevereiro deste ano o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 118,8 milhões ao Grupo WEG para investimentos em digitalização e descarbonização, até 2025.

SUZANO – A Suzano (SUZB3) obteve aprovação para eucalipto geneticamente modificado com características de   aumento de produtividade, tolerância a herbicida e resistência a insetos.

A desenvolvedora do produto é a FuturaGene, Divisão de Biotecnologia da Suzano, e a concessão é da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), após comprovar segurança para a saúde humana, animal e o meio ambiente.

HIDROVIAS – A Hidrovias do Brasil (HBSA3) empresa de soluções logísticas integradas, e a Rumo, maior concessionária de ferrovias do país, celebraram, na última semana, parceria para uma logística integrada, em projeto revolucionário, para o transporte de fertilizantes em Santos (SP). O acordo se dá em função da crescente demanda do mercado brasileiro, estimado em US$ 35,78 bilhões em 2024 e projetado para US$ 49,68 bilhões até 2030, de acordo com a pesquisa realizada pela Mordor Intelligence.

Atual consumidor de 8% de toda a produção mundial de fertilizantes, o Brasil perde apenas para China, Índia e Estados Unidos, de acordo com dados do Ministério da Agricultura e Pecuária. O crescimento exponencial da demanda, superando a oferta, tem se socorrido das importações. 

AGENDA

Abrasca – A Associação Brasileira das Companhias Abertas promoverá debate, no próximo dia 19, 3ª-feira, para esclarecer associados sobre questões relativas às mudanças realizadas pelo Conselho Monetário Nacional a fim de limitar emissões de CRAs e CRIs, respectivamente, Certificados de Recebíveis do Agronegócio e Certificados de Recebíveis Imobiliários.

Direito por Elas – Em homenagem ao mês da mulher, a LawTech Sem Processo, apoiada pelo Escritório Lima Feigelson, EdTech Future Law e Startup Voltz, irá promover o evento “Direito por Elas”, com participação de mulheres que revolucionam o mercado jurídico. O evento é gratuito e ocorrerá no próximo dia 21, das 16h às 20h, no formato presencial em Botafogo, no Rio. A organização promete presentear as participantes mulheres com uma surpresa que irá auxiliá-las na caminhada desafiadora do direito.

O evento é aberto e as inscrições devem ser feitas no link https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScHlKEDzlGjWHyA2SShxgZAOkumZjB14M2VjydGJifL8jpXoA/viewform 

Compliance versus Ética

Em conversa com a coluna, Victoria Magnani (Escritório Schiefler Advocacia) fez uma queixa. Segundo ela, os investimentos em compliance seguem em segundo plano nas empresas brasileiras. “Sabemos que há uma ampla discussão sobre a relação Compliance e Ética, mas o que se observa é um claro descompasso entre o discurso e a prática”, observou, ao apontar um novo recorde de processos na Controladoria Geral da União (CGU) sobre aqueles instaurados contra empresas que de alguma forma violaram a conhecida Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/2013). A especialista do escritório Schiefler lembra que até novembro último a CGU tinha recebido denúncias e instaurado 63 processos administrativos (três a mais que o ano anterior todo).

Este é um dado preocupante, porque o relatório “Tendências em Compliance – 2023”, publicado pela Protiviti e Áliant, deixa claro que por mais que o assunto seja apresentado ao mercado e à sociedade como prioritário para muitas empresas, na hora de efetivamente investir na estrutura de compliance as prioridades orçamentárias tomam outros rumos. “Para se ter ideia, segundo a pesquisa, 48% dos participantes alegaram que possuem orçamento insuficiente para suprir as demandas da área de compliance”, comentou a advogada, concluindo que este se apresenta “como uma ferramenta fundamental para a promoção de práticas empresariais verdadeiramente éticas e transparentes”.