Atualmente, quando esses dois assuntos se encontram, não é difícil achar pessoas no qual o primeiro sentimento que vem é o de desconfiança. Estou falando de Deus e dinheiro. Dessa forma, procurei dois pontos que se diferem, mas que estão relacionados com fé e finanças. Principalmente no meio cristão, para onde estão apontadas as principais críticas quando se toca nesse assunto.
Os abusos praticados usando o nome de Deus
A busca por Deus ocorre principalmente nessas duas formas: pelo amor ou pela dor, a segunda com muito mais frequência. Assim, pessoas com diversos problemas relacionados à vida familiar, questões de saúde, vida profissional e tantos outros acabam olhando para o criador como uma solução para suas dificuldades aqui nessa terra.
Entretanto, muitas delas acabam encontrando nesse caminho os exploradores da fé. Aqueles que cometem abusos e usam os recursos adquiridos pelas doações dos fiéis em benefício próprio. A chamada teologia da prosperidade está entranhada no meio cristão protestante e não é difícil de ser encontrada. No livro “O que a Bíblia fala sobre dinheiro, o pastor presbiteriano e escritor Augustus Nicodemos faz um alerta sobre a atuação das Igrejas Neopentecostais que seguem a teologia citada acima:
“Trata-se do falso ensino de que é da vontade de Deus que todos os seus filhos experimentem na vida terrena o melhor que os recursos materiais possam proporcionar. Defensores dessa teologia acreditam que Deus deseja que os cristãos sejam prósperos financeiramente, saudáveis e longevos, e vivam isentos de problemas e dificuldades. Mas, para tanto, seria necessário investir nas coisas de Deus por meio de ofertas, dízimos e doações, entendidos como sementes que, plantadas agora, gerariam a esperança de colher um fruto muito mais promissor. Deus estaria obrigado a retribuir abundantemente, por meio de bençãos materiais, aos que se mostrassem fiéis em dízimos, campanhas e sacrifícios financeiros“, afirmou Nicodemos.
O autor ressalta que muitos fiéis cometem absurdos financeiros, muitas vezes cegados pela cobiça ou pela ignorância. E como o resultado prometido não se concretiza, acabam abandonando a fé e ficam revoltados com Deus e as igrejas cristãs, em geral. Mas não podemos generalizar. Existem sim os exploradores da fé, como também existem aqueles que levam a sério e desenvolvem trabalhos excelentes fazendo a verdadeira obra de Deus.
Formas saudáveis de ajudar a obra de Deus
As igrejas que praticam o verdadeiro evangelho estão ai longe de polêmicas e fazendo um trabalho sério. Elas usam seus recursos financeiros para se manter e realizar ações sociais como ajuda a famílias que vivem em áreas de risco, imigrantes, recuperação e ressocialização de dependentes químicos, apoio a pessoas hospitalizadas e trabalhos voltados a cuidar de pessoas de todas as faixas etárias. Nesses locais, aquela exuberância exibida pelos líderes religiosos da teologia da prosperidade não será vista.
A Bíblia explica em Tiago 1:27 que: ” A religião pura e verdadeira aos olhos de Deus, o Pai, é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se deixar corromper pelo mundo“. Sendo assim, está nos planos de Deus que ajudemos com os recursos que ele nos deu os que estão atribulados, os pobres e necessitados. Em mais um trecho do livro “O que a Bíblia fala sobre dinheiro” Augustus Nicodemos fala sobre a importância do dinheiro ser bem utilizado pelas igrejas:
“É claro que a existência da igreja de Cristo não depende de recursos materiais, mas certamente eles facilitam o trabalho de expansão do reino. Com os recursos oferecidos por seus membros, a igreja local evangeliza, pastoreia, educa, discipula e ainda contribui com organizações envolvidas em obras sociais ao redor do mundo“, ressaltou Augustus Nicodemos.
Por fim, deixo um convite à reflexão sobre a enorme diferença existente entre igrejas e trago um versículo bíblico que fala sobre a obrigação ou não da ajuda financeira.
“Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria” 2 Coríntios 9:7.
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