Na última reunião do ano, o Comitê de Política Monetária optou por mais um corte de 0,5 p.p. na taxa Selic
Mais um corte na taxa Selic já estava precificado pelo mercado para a reunião do Copom desta quarta-feira (13/12). O Banco Central (BC) não surpreendeu e decidiu realizar um novo corte na taxa de juros do país, que ficou a 11,75% ao ano, sendo a quarta queda consecutiva.
Em linha com a decisão do BC, o Boletim Focus de segunda-feira (11/12) mostrou que a previsão do IPCA para o final de 2023 é de 4,51%, enquanto o PIB subiu para 2,92% para o mesmo período. A expectativa do dólar até o fim de 2023 é de R$4,95.
Durante o dia (13/12), o Ibovespa, com a expectativa da Selic, permaneceu em alta de 2,38%, com abertura em 126.406 pontos e fechamento em 129.411 pontos. No último mês, o index apresentou estabilidade.
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Já nos Estados Unidos, o Federal Reserve (FED) decidiu manter a taxa básica de juros do país no intervalo entre 5,25% e 5,50% ao ano, em linha com as expectativas dos especialistas. Durante a Super Quarta, o dólar teve queda devido a possibilidade de cortes na taxa de juros norte-americana em 2024.
Um relatório divulgado pela Research XP em dezembro de 2023 aponta qual o rumo dos investimentos quando a Selic está em queda.
“Vale ressaltar que continuamos com visão positiva para a renda fixa de maneira geral, principalmente para títulos atrelados à inflação (IPCA). Mesmo com os cortes recentes e esperados, as taxas de juros nominais permanecem elevadas, acima de dois dígitos, e as taxas reais (acima da inflação) continuam em patamares interessantes, em nossa opinião. Adicionalmente, as projeções indicam que a inflação deve permanecer acima da meta nos próximos anos. Por fim, ainda é necessária cautela, com os riscos locais e globais a serem monitorados, o que favorece a alocação em ativos como a renda fixa”
Uma pesquisa realizada pela XP Investimentos com 18 gestoras entre os dias 18 e 27 de outubro, mostrou que os analistas têm tido expectativas em linha com o Banco Central, tanto no corte da Selic até o final do ano como na revisão do IPCA e do PIB.
Renda variável ganha mais protagonismo
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Em um ciclo de queda reforçado pelo quarto corte consecutivo da taxa Selic, os investidores costumam migrar parte dos investimentos para a renda variável, a qual pode voltar a ser considerada atrativa. Os ativos mais interessantes nesse setor no momento são:
Ações: Cada ação representa uma pequena “fatia” em uma empresa. No caso das companhias da B3 que pagam dividendos e juros sobre capital próprio (JCP), esses papéis são opções interessantes para a geração de renda.
Fundos imobiliários: fundos de investimento voltados a ativos imobiliários. Possuem diversos segmentos distintos, distribuídos entre as categorias de FIIs de papel, FIIs de tijolo e híbridos. A cada semestre, os FIIs precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos auferidos na forma de dividendos.
Porém, com a Selic ainda rendendo mais de 1% ao mês, mesmo com a queda, os investimentos em renda fixa continuam atrativos. Dentro disso, é interessante ao investidor considerar os títulos prefixados e indexados à inflação nos seus portfólios.
Estes títulos até o momento ainda permanecem com taxas elevadas, por conta do atual patamar de juros e, mesmo que a Selic continue em queda, ainda estará em um patamar alto até o final de 2023, em cerca de 11,75% de acordo com o Boletim Focus (18/09).
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Para uma estratégia de médio prazo, com um pouco mais de risco, os títulos públicos e de crédito privado mais longos permitem que a venda seja realizada antes do vencimento com a possibilidade de ganhos maiores. Lembrando que, ganhos passados não são garantia de ganhos futuros e que cada ativo oferece riscos de acordo com suas características.
Além do Tesouro Direto, existem outros títulos de renda fixa bancários que podem ser encontrados nas remunerações prefixadas ou indexadas à inflação, e que podem somar ao portfólio do investidor de forma mais conservadora, como os CDBs (Certificado de Depósito Bancário), LCIs (Letra de Crédito Imobiliário), LCAs (Letra de Crédito do Agronegócio) e LCs (Letra de Câmbio).
Para aqueles investidores moderados, há também títulos de crédito privado que podem ser encontrados nessas modalidades de remuneração e que permitem a estratégia de venda no mercado secundário:
1) DEB – Debêntures
2) CRI – Certificado de Recebíveis Imobiliários
3) CRA – Certificado de Recebíveis do Agronegócio
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