Foto / Ensaio Amazônias, Sesc Pinheiros, de Matheus José Maria.
NOVIDADES ESG
UNIDAS – Uma das maiores locadoras de veículos do país, a UNIDAS (LCAM3) anuncia uma parceria com o “Despoluir – Programa Ambiental do Transporte”, desenvolvido pelo Sistema Transporte, formado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), pelo SEST SENAT (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte) e pelo ITL (Instituto de Transporte e Logística) e visa contribuir para a melhoria da qualidade do ar, cuidar da saúde dos trabalhadores e impulsionar a economia por meio do uso eficiente de combustíveis.
A parceria busca atuar diretamente na redução da emissão de gases de efeito estufa (GEE) da frota de veículos pesados da Unidas, composta por caminhões, máquinas e equipamentos. Assim, ainda neste 2023 equipes técnicas especializadas do Despoluir vão avaliar 85 veículos que fazem parte da operação florestal da companhia em Imperatriz/MA, e na operação de cana-de-açúcar, em Teodoro Sampaio/SP. O objetivo é promover a avaliação das emissões dos gases de queima e a qualidade do combustível da frota, com a diminuição da poluição atmosférica, incentivo do uso adequado de combustíveis e maior eficiência da frota, com impactos ambientais e operacionais positivos. Para 2024, a parceria promoverá esta avaliação, tanto de emissão de gases como qualidade do combustível, às operações de veículos pesados UNIDAS nos estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo e Maranhão.
EDP – Empresa atuante em todas áreas de setor elétrico brasileiro, a EDP (ENBR3) anuncia os vencedores de mais uma edição do Prêmio EDP nas Escolas, competição que visa engajar o ambiente estudantil em temas relevantes para a sociedade e o meio ambiente. Em 2023, as instituições participantes foram desafiadas para a criação de conteúdos criativos com foco no tema Energias Renováveis.
Foram três categorias de premiação: escolas, estudantes e professores. Respectivamente, os vencedores de cada categoria vão receber melhorias na infraestrutura, óculos 3D e tablets, e notebooks.
A categoria Estudantes contou com a participação de seis mil alunos de 270 turmas do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental, da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e do Atendimento Educacional Especializado (AEE). Com a orientação dos professores, eles usaram a criatividade para se expressar sobre as energias renováveis em vídeos de até dois minutos utilizando diversos formatos e narrativas. Os 270 trabalhos foram avaliados por profissionais de diferentes áreas. No final, foram 11 trabalhos vencedores envolvendo 248 alunos que vão receber óculos 3D – Google Cardboard. Os professores das turmas premiadas também serão contemplados com tablets.
Já a categoria Professores teve como objetivo principal aprofundar a participação dos docentes no processo de inserção de mais tecnologia na prática pedagógica. Durante o programa EDP nas Escolas, os profissionais receberam uma formação no Khan Academy Experts e estimularam as crianças para a utilização de tecnologia durante a aula, a realização de pesquisas usando o tablet, além da promoção de ações inovadoras no dia a dia, como organizar uma feira de ciências ou produção de maquetes. Os professores que mais se engajaram ao longo do programa são os vencedores e vão receber um notebook cada um.
Na categoria Escolas, o prêmio avaliou a proporcionalidade da quantidade de professores em cada instituição em relação ao seu engajamento com a tecnologia usada em aula. Após a realização de pesquisa e avaliação, três escolas foram vencedoras e serão contempladas com melhorias de infraestrutura, no valor de até R$ 90 mil para a 1ª colocada, R$ 60 mil para a 2ª colocada, e 50 mil para a 3ª colocada.
B3 – Anunciada Plataforma de Carbono para negociação de créditos de carbono pela B3 (B3SA3). A Bolsa anunciou, ao lado da ACX Group, o lançamento de uma parceria para criação de uma plataforma para negociação de créditos de carbono, títulos emitidos para neutralização de gases de efeito estufa.
O objetivo é que a plataforma sirva como ambiente para que os emissores de créditos de carbono realizem as negociações com as empresas que desejam diminuir sua pegada ambiental e se adaptar a práticas ASG (ou ESG, em inglês).
A parceria com a plataforma de negociação de crédito de carbono global ACX possibilitará aos clientes o acesso a um livro global centralizado de ordens e conectada aos principais standards do mundo. “O Brasil tem potencial para ser um dos maiores fornecedores de créditos de carbono no mundo e a B3 está comprometida em impulsionar esse mercado no país, fornecendo um ambiente seguro, com transparência de preços e integrado para negociação de créditos que contribua para acelerar a transição para um futuro mais sustentável”, destaca Leonardo Paulino Betanho, superintendente de Produtos Balcão da B3. E acrescenta: “Além disso, o negócio está alinhado à estratégia da B3 de desenvolvimento de novos produtos ASG e no avanço da agenda que promova o desenvolvimento econômico sustentável”.
O mercado de crédito de carbono oferece às empresas a oportunidade de compensar suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) por meio da compra de créditos de carbono gerados por projetos responsáveis pela redução ou remoção de gases de carbono na atmosfera. Após a verificação dos créditos de acordo com as metodologias de certificações internacionais, esses créditos podem ser vendidos para empresas que precisam compensar suas emissões de CO2 na atmosfera.
COP28 – Expectativa e Medo
Em um cenário marcado pela urgência em lidar com as mudanças climáticas, a Conferência das Partes da ONU, a COP28, ora realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, até o dia 12 próximo, traz um embate importante entre os esforços para se preservar o meio ambiente, e os diversos interesses de setores notórios por sua ostensiva emissão de carbono, como as indústrias de petróleo e gás, além de uma parte significativa da indústria agropecuária.
Assim, a agência de Relações Públicas LatAm Intersect PR aplicou seu ECR (ou Relatório de Clima Emocional, em Português), uma espécie de raio-x das emoções que permeiam um determinado tema na mídia e nas conversas públicas da web, em torno do termo ‘’meio ambiente’’, na semana que passou. Foi possível, desta forma, fornecer uma leitura objetiva das emoções do país em relação à Conferência do Clima e seus desdobramentos. O relatório revela que a expectativa é a emoção que mais domina as conversas (públicas) na web e o noticiário em geral.
O medo é a segunda emoção dominante em ambas as fontes (web e mídia), já que as últimas notícias em torno do futuro do planeta não são as mais animadoras: as emissões de carbono bateram recorde em 2022 – e, em 2023, seguem pelo mesmo caminho. Esta constatação veio em nova publicação na Earth System Science Data, apresentada na COP28, na qual pesquisadores alertaram que, com base no nível atual de emissões de gases de efeito estufa (GEE), há 50% de probabilidade de que o aquecimento global exceda 1,5 ºC dos níveis pré-industriais, de forma consistente, em cerca de sete anos.
Os dados em torno do clima emocional na web e na mídia foram gerados pelo parceiro estratégico da agência LatAm Intersect PR, a Delta Analytics BV, cujas plataformas acompanharam todas as conversas sobre o assunto no Brasil na última semana.
AGENDA
Amazônias – Neste dia 12 de dezembro estreia no SescTV, às 20h,o documentário Amazônias, um manifesto, uma produção original do canal, com direção de Helena Bagnoli. O filme retrata o processo artístico-pedagógico do espetáculo Amazônias – ver a mata que te vê [um manifesto poético], conduzido pela diretora Maria Thais e interpretado por 40 jovens – com idade entre 16 e 21 anos – em sua maioria moradores das periferias de São Paulo, para debater as realidades amazônicas, as questões climáticas, políticas e culturais. A partir do mesmo dia, a produção também estará disponível sob demanda pelo sesctv.org.br/amazonias.
“Quatro dos participantes foram visitados em suas casas, em pontos diversos da cidade, para captá-los no seu cotidiano, com suas famílias. Uma dessas visitas foi na Aldeia Indígena do Jaraguá (São Paulo), de onde vinham três dos integrantes de origem guarani”, completa a diretora.
Prêmio Abrasca – No dia 15 deste mês acontecerá a premiação dos melhores relatórios anuais, categorias Companhia Aberta, Companhia Fechada e categoria Organizações Não-Empresariais.
Veja programação: https://premioabrasca.com.br/
Ficamos sem chão. Literalmente
Primeiro, a emissão de gases do efeito estufa (GEE), que chegaram a provocar a chuva ácida na encantadora Serra do Mar (acesso do Planalto ao litoral sul paulista), fazendo derreter parte da flora local; depois vieram as catástrofes de Mariana e Brumadinho, MG, matando gente, fauna e flora de uma forma nunca vista.
Agora as casas estão afundando em vários bairros de Maceió, Alagoas, e as pessoas estão, literalmente, perdendo o chão. A sensação, ruim, é que as empresas responsáveis por estas tragédias nunca se ocuparam do fator “risco do negócio”. Sempre se estruturou política de dividendos etc, mas risco mesmo só é falado no “depois”, a tal mitigação pós-tragédia.
É hora do próprio investidor cobrar uma Política de Risco efetiva antes de aportar o seu rico dinheirinho em determinadas companhias. É preciso conhecer, e, portanto, antever, os riscos.