Nesta terça-feira, 19 de dezembro, os mercados internacionais operam majoritariamente em alta. No Brasil, o Ibovespa renovou novamente seu topo histórico, fechando o pregão do dia de ontem a 131.083 pontos. A bolsa local foi beneficiada pelo aumento do preço do petróleo, o que levou a uma valorização da Petrobras, além da continuidade do sentimento mais positivo em relação ao ciclo de redução de juros aqui o Brasil. O dia também foi marcado pela continuidade do movimento de fechamento da curva de juros, com a queda das taxas dos DIs futuros. Para o dia de hoje, a atenção do mercado deve se voltar para a Ata do Copom, a ser divulgada às 08h. Os investidores devem buscar na ata sinalizações sobre o ritmo de redução da Selic. Na agenda política, o Congresso Nacional deve votar hoje o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2024.
Nos EUA, os futuros dos principais índices acionários operam em alta. Apesar de alguns membros do Fed terem sinalizado nos últimos dias uma visão mais conservadora em relação ao ritmo da redução dos juros nos EUA, o mercado segue otimista com o processo de afrouxamento monetário no país. O S&P 500 fechou na sexta-feira passada a sua sétima semana seguida de alta, o maior ganho consecutivo desde 2017. Um dos fatores que vem contribuindo para o desempenho positivo da bolsa local é a queda das taxas dos títulos públicos de longo prazo dos EUA, que vem em queda desde o início de novembro. Para o dia de hoje, o mercado deve acompanhar os dados sobre o mercado imobiliários dos EUA, com os números de licenças de construção e construção de novas casa em novembro.
Na Europa, as bolsas operam em leve alta. Em um dia de agenda econômica reduzida na região, o grande destaque ficou para a divulgação dos dados sobre a inflação na Zona do Euro. O índice de preços ao consumidor caiu 0,6% em novembro, abaixo das estimativas de redução de 0,5%. No acumulado dos últimos doze meses, o índice apresentou alta de 2,4%. A inflação abaixo do esperado na região, somado com a sinalização do início do ciclo de corte de juros nos EUA, contribui para a visão de que também há espaço para o Banco Central Europeu iniciar o seu ciclo de afrouxamento monetário.
Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente no terreno positivo. No Japão, o Nikkei apresentou valorização de 1,41%. O movimento de alta da bolsa japonesa veio após o Banco do Japão (BoJ) decidir por manter a taxa de juros do país inalterada. Em Hong Kong, o Hang Seng recuou 0,75%, enquanto na Coreia do Sul, o Kospi apresentou valorização de 0,07%. O Shangai Composto fechou em alta de 0,05%, e o Shenzen Composto subiu 0,12%. Ao final do dia de hoje ainda teremos o Banco Popular da China (PBoc) decidindo sobre o patamar dos juros na segunda maior economia do mundo.
No mercado de commodities, o petróleo opera em queda, com o Brent a US$ 77,70 e o WTI a US$ 72,12. O mercado segue acompanhando o impacto na oferta de petróleo que os ataques a navios petroleiros no Mar Vermelho podem ocasionar. O minério de ferro apresentou leve queda em Dalian, a US$ 130,25. Os trabalhos de manutenção em algumas siderúrgicas na China acabaram pesando sobre a commodity.
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