Fusões e aquisições são comuns no mundo corporativo. Grandes companhias estão sempre de olho em oportunidades de mercado que apresentem grandes taxas de sucesso e rentabilidade. A chance de angariar novos mercados, aumentar a quantidade de consumidores e vencer a concorrência são elementos-chave na manutenção dos seus negócios, independentemente do segmento.
Dito isso, foi anunciado que uma das maiores companhias de alimentos do mundo, a suíça Nestlé, realizou a compra da Kopenhagen, famosa rede de franquias de comércio de chocolates. Presente em mais de 180 países, a Nestlé realiza a aquisição de 100% de participação no Grupo Advent, gestor de fundos do grupo CRM, dono da marca, que inclui Kopenhagen e também Brasil Cacau, cuja operação custou cerca de R$ 4,5 bilhões.
A marca brasileira, criada pelas mãos de um casal de imigrantes da Letônia, em 1928, cuja primeira fábrica veio a surgir apenas em 1943, no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo, já havia sido adquirida em 1996 pelo empresário Celso Ricardo de Moraes, que acabou por levar toda a produção para a cidade de Barueri. O empresário elevou os produtos para um segmento premium, o que foi determinante para o sucesso da marca.
Alavancagem de negócio familiar
Com produção de mais de 3 mil toneladas de chocolate por ano e faturamento de R$ 1,5 bilhão em 2020, já sob a gestão da filha de Celso Ricardo, a venda da empresa para a Nestlé abre as portas para um mercado onde a gigante suíça não havia entrado até então: o de franquias. São mais de 1.000 lojas espalhadas pelo Brasil, sendo que, por ora, a Nestlé pretende manter a produção e a estratégia comercial, sem nenhuma alteração.
A Nestlé espera triplicar o número de lojas, o que inclui também as marcas Kop Koffee e Brasil Cacau. A empresa suíça aponta que Renata Moraes Vichi, CEO do grupo CRM há 25 anos, seguirá na gestão da empresa. O CEO da Nestlé diz que é “[…] essencial para o sucesso da transação a permanência da Renata na gestão por seu profundo conhecimento do negócio, resultados e pela paixão com a qual vem conduzindo a empresa”.
Somente a Brasil Cacau, marca feita para popularizar o acesso aos chocolates finos, possui quase 400 lojas, com vendas anuais na média de R$ 700 a R$ 900 mil. Já a Kopenhagen conta com mais de 500 lojas, com faturamento anual entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão. O negócio precisa apenas passar pelo Cade, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica, para que seja fechado.
A expectativa é que tudo seja concluído já em 2024. A Kopenhagen é tida como um “ativo premium” para executivos próximos à Nestlé. Isto se dá, principalmente, pela administração correta. Afinal, para Renata Vichi, a empresa que nasceu familiar sempre teve uma gestão robusta, com cultura forte e propulsora.
(Enviado por Conversion/Thaís Cal)