Para quem tem conhecimento de astrologia ou pelo menos acompanha postagens sobre o assunto, quando Mercúrio está retrógrado (até 15/9) sempre dá uma “sacolejada” na zona de conforto de cada um, e isso serve para pessoas, empresas e tudo mais. Não é que no último dia 12 de setembro a Ambev (ABEV3), maior cervejaria do Brasil, com índices ESG eficientes, tanto que está na lista Best in Class do Acionista por atender aos três critérios da B3: ISE, ICO3, IGPTW; sofreu o baque no Ibovespa? Isso porque a Receita Federal (RF) questionou a empresa sobre as operações ligadas ao pagamento de imposto de renda sobre lucros no exterior. Rebuliço estabelecido.
Explicando, a companhia usa o Imposto de Renda pago no exterior para abater no Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) que são pagos mensalmente no Brasil. De acordo com a Receita Federal, a prática é irregular, já que é como se o governo pagasse o imposto que a companhia recolheu em outro país. Ou seja, a cervejaria, assim como outras empresas, faz compensação do Imposto de Renda devido no Brasil com o imposto de renda anual pago pelas empresas multinacionais brasileiras no exterior.
De acordo com a Ambev, a empresa estaria autorizada a utilizar o IR pago fora do Brasil para abater do IR e da CSLL, que são pagos mensalmente no Brasil. A Receita, por sua vez, classifica a prática como ilegal, diz reportagem no site Metrópoles.
Ambev lucra R$ 2,68 bilhões no 2T23
Para constar, a empresa reportou lucro ajustado de R$ 2,68 bilhões no 2T23, mesmo tendo uma queda 13% na comparação anual, os números bateram as estimativas de analistas. Segundo o consenso de mercado, o lucro esperado para a Ambev no trimestre era de R$ 2,51 bilhões. Também o indicador da empresa foi beneficiado no ano passado por créditos tributários extraordinários de R$ 1,23 bilhão.
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