Brasília, 5 – O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) manteve as suas previsões de área, produtividade e produção de soja na safra 2023/24 em Mato Grosso. “Com a pressão nos preços da soja neste ano, em relação a 2022, e os custos de produção, em reais por sacas, próximos do valor ofertado pelo produto, as incertezas quanto ao investimento no cultivo da soja para a temporada permanecem no Estado. Além disso, o atraso na aquisição dos insumos poderá influenciar na menor utilização de pacotes tecnológicos e, também, redução na aplicação de fertilizantes para o ciclo 2023/24”, disse o Imea em levantamento mensal de oferta e demanda.

A perspectiva de área plantada ficou estável em 12,22 milhões de hectares, embora represente aumento de 0,82% ante o ciclo anterior. “Neste ano, excepcionalmente, o Ministério da Agricultura está concedendo autorizações para parte dos produtores de Mato Grosso iniciarem a semeadura da soja a partir de 1º de setembro, devido à preocupação com o corte das chuvas, visto a perspectiva de um forte El Niño. Desse modo, a preocupação quanto ao clima no Estado segue no radar dos sojicultores e segundo os dados do NOAA, os meses de outubro e novembro/23, as estimativas de anomalia das chuvas apontam precipitações abaixo da média para Mato Grosso”, afirmou o instituto.

Em relação ao rendimento da soja, diante das incertezas quanto à safra, o Imea manteve a projeção da produtividade em 59,70 sacas/hectare, indicando um recuo inicial de 4,17% em relação ao rendimento da safra 2022/23. Com a manutenção da área e da produtividade, a produção da safra 2023/24 foi projetada pelo instituto em 43,78 milhões de toneladas, queda de 3,39% ante a safra passada.

Do lado da demanda, a exportação de soja deve somar 27,32 milhões de toneladas, mesmo volume do levantamento anterior, mas um aumento de 0,76% em relação à safra passada.

Quanto ao consumo interestadual, com a expectativa do El Niño para o próximo ano, que tende a influenciar positivamente as lavouras do Sul do Brasil, a projeção foi cortada em 23,58% ante agosto, para 3,24 milhões de toneladas.

Já a perspectiva de consumo da oleaginosa em Mato Grosso foi elevada em 9,24% na comparação mensal, para 13,58 milhões de toneladas.

“Por conta do ritmo lento da comercialização de soja, em relação à média dos últimos anos em Mato Grosso, o estoque final foi mantido com redução de 14,13% ante a safra passada, ficando projetado em 1,26 milhão de toneladas”, observou o Imea.

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