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O terceiro setor quer se fazer ouvir na discussão sobre a reforma tributária. Por isso representantes de Organizações da Sociedade Civil (OSC), englobando 500 mil entidades no país e gerando 4% do PIB, com 6 milhões de postos de trabalho (segundo pesquisa Sitawi/Fipe), estiveram reunidos com o secretário extraordinário da reforma tributária, Bernard Appy, e seu diretor Daniel Loria.

A anfitriã do encontro, Célia Cruz (Instituto de Cidadania Empresarial), disse que as entidades levarão ao Senado explicações sobre o impacto social da reforma, bem como mostrarão a relevância do terceiro setor. Os diálogos avançaram no sentido de garantir a isenção do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) para doações feitas às organizações sem fins lucrativos. Proposta já foi aprovada na Câmara e agora será votada no Senado.

As OSCs não querem ser surpreendidas na Câmara Alta, por isso a movimentação. Outro ponto discutido, na última sexta-feira, em São Paulo, foi a necessidade de ampliar no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e na Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) – novos tributos propostos pela PEC –, a isenção para todas as organizações da sociedade civil que atualmente não pagam PIS e Cofins.

Além do ICE, participaram das conversas com Appy e Loria representantes de outras organizações como a Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE), Sitawi Finanças do Bem, WWF e escritórios de advocacia. “Buscamos entender com o Bernard Appy e o Daniel Loria quais as informações e pesquisas comparativas com outros países podem contribuir para o avanço da reforma tributária e das pautas que conversam com o terceiro setor”, comentou à coluna Célia Cruz.

DIVERSIDADE

A pauta social ganha real protagonismo na vida nacional. Na coluna anterior (31 de julho), publicada neste espaço, observamos o novo texto legal (Lei 14.611/23), apoiando os requisitos de igualdade profissional para as mulheres (https://acionista.com.br/isonomia-entre-pontos-e-virgulas/).

No texto de Via Sustentável imediatamente anterior (publicado em 24 de julho), tratamos da proposta da B3, endossada pela CVM, sobre aumento da diversidade nas companhias abertas, prevendo o reporte das métricas ESG (https://acionista.com.br/cvm-apoia-a-diversidade-nas-listadas/).

Agora a Bolsa de Valores (B3) divulga pesquisa, por ela encomendada ao Instituto Locomotiva/iO Diversidade, revelando que 7 em cada 10 brasileiros entendem que é papel das marcas e das empresas apoiar a diversidade.

EMPRESAS

Ainda de acordo com a pesquisa “Iniciativas Empresariais de Diversidade: a Visão dos Consumidores”, acima citada, a adesão à ideia de que é papel das marcas e das empresas apoiar a diversidade sobe para 84% entre os entrevistados que ocupam cargos de liderança.

Para 91% dos respondentes da amostra total, as empresas deveriam apoiar pelo menos uma das pautas específicas a seguir: pessoas com deficiência, etnia/raça, geracional, mulheres e pessoas LGBTQIA+.

Por este levantamento, em nível nacional, somente 42% opinam que marcas e empresas estão comprometidas com a diversidade de forma geral.

RACIAL

A Volkswagen do Brasil aderiu ao Movimento Mulher 360 e à Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial em cerimônia realizada na fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP).

A adesão da companhia a esses dois movimentos representa o compromisso com o tema Diversidade & Inclusão, destaca Ciro Possobom, CEO da Volkswagen do Brasil.

ESTRATÉGIA

Embora61% das empresas brasileiras veem a Agenda ESG como estratégia de negócio, apenas 39% têm uma área específica de ESG e/ou Sustentabilidade. A conclusão é da BDO Brasil – considerada a quinta maior empresa de auditoria e consultoria do mundo – em seu 8º Estudo de Sustentabilidade BDO Brasil.

O estudo apurou como os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) têm sido contemplados pelas empresas brasileiras. Conforme as respondentes, “promover o ESG atende em 49% as necessidades das próprias partes interessadas e investidores”.

BARREIRAS

Segundo o apurado pela BDO Brasil, três são as principais barreiras para o avanço da sustentabilidade nas empresas: existência de outras prioridades estratégicas (69%), dificuldade na disseminação da estratégia entre os colaboradores (23%), além de dotação orçamentária ou capilaridade de captação (8%).  

SELIC

Com o início de queda da taxa Selic, o experiente analista de mercado Harold Thau diz que o preço das ações subirá e os setores que devem ser mais favorecidos, na Bolsa, são os de alimentos, construção civil e o de consumo popular (farmácias, além dos alimentos). Para ele, a aposta em educação, siderurgia e setor exportador também deve ser bastante considerada.

SELIC 2

O Ibovespa fechou o mês de julho em alta de 3,27%, registrando no ano valorização de 11,12 %. Há um desejo explícito do governo, e de consenso de parcela significativa do mercado, que a taxa-base fechará 2023 abaixo dos 12%.

Permanecendo a tendência de queda da Selic, como sinaliza o Banco Central, a fila de IPOs pode ser retomada. O Grupo Madero, com quase 300 restaurante pelo país, já pensa em pegar a senha.

Já a Compass (Grupo Cosan, com foco em gás), a Aegea e a Iguá, de saneamento, estão com a alavanca em posição “D” (drive) só esperando o semáforo abrir.     

BIOCOMBUSTÍVEIS

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a dotação complementar de R$ 1,5 bilhão para o programa RenovaBio, totalizando um orçamento de R$ 3,5 bilhões, visando atender à demanda do setor de biocombustíveis por crédito ASG até o final do ano de 2024.

“Com a redução da taxa inicial de juros e a definição de metas de acordo com o nível de eficiência energética do cliente, mudanças implementadas para o biênio 2023-24, estamos conseguindo atingir uma parcela maior do setor de biocombustíveis e, com isso, amplificamos o impacto do Programa BNDES RenovaBio na descarbonização do setor”, explica o BNDES, em nota à imprensa.

INOVAÇÃO

A Suzano foi reconhecida como a empresa mais inovadora na 9ª edição da premiação Valor Inovação. Pela primeira vez, a companhia ocupou a primeira posição no ranking geral do prêmio promovido pelo jornal Valor Econômico em parceria com a Strategy& – consultoria estratégica da Pw C. Esta também é a terceira vez consecutiva que a companhia se destaca entre as organizações do setor de papel e celulose. 

O ranking analisa 150 empresas participantes, de 25 setores da economia brasileira. A metodologia de avaliação tem como base cinco pilares: intenção de inovar, esforço para realizar a inovação, resultados obtidos, avaliação do mercado e geração de conhecimento. 

CERRADO

O município de Ribas do Rio Pardo (MS) foi o escolhido para sediar o Projeto Cerrado, da Suzano. Ali serão produzidas 2,55 milhões de toneladas/ano, ampliando a capacidade instalada de celulose da companhia para 13,5 milhões de toneladas/ano.

RIO

O Comitê das Bacias Hidrográficas do rio Paraíba do Sul (CBH-OS) realizará evento para discutir a qualidade da água naquela bacia.

“O rio que temos e o rio que queremos” acontecerá neste dia 9, das 14h às 16h, pelo canal CBH Paraíba do Sul, no YouTube. Acesse o link https://www.youtube.com/watch?v=y6gOU-_wTyg.

Evento, que terá intérprete de Libras, é realizado em parceria entre o governo paulista e a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).

CASACOR

A CASACOR São Paulo recebeu, pelo terceiro ano consecutivo, o Certificado Lixo Zero, com índice de 99,7%de desvio de aterro e nota “A” em boas práticas. Respeitando a metodologia estabelecida pela Zero Waste International Alliance (ZWIA) por meio do Instituto Lixo Zero Brasil, a auditoria teve como objetivo avaliar a aplicação da hierarquia Lixo Zero, tanto com base nos documentos enviados quanto na visita in loco.

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