“Estamos pedindo para que direcionem esses projetos para regiões indicadas no nosso mapa de disponibilidade”, disse o diretor de distribuição da Cemig, Marley Antunes ao Broadcast Energia, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Ele explicou, ainda, que como as usinas com até 5 megawatts (MW) para GD remota costumam ficar afastadas da área urbana, a energia produzida por elas é injetada na rede de média tensão e nas subestações que atendem ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Segundo Antunes, hoje existem 2,6 gigawatts (GW) em usinas desta modalidade em operação no Estado, e outros 3,4 GW em construção, o que totaliza 6 GW pressionando o sistema da distribuidora. O executivo disse também que o número de solicitações de novas conexões passou de 55 mil em 2019, para 160 mil no ano passado, devido ao período de transição para a obtenção do parecer de acesso, que concedeu direito a benefícios econômicos às usinas e consumidores atrelados a elas.
Em relação aos projetos de menor porte, instalados em telhados, o diretor de distribuição de Cemig afirmou que eles continuarão a ser conectados normalmente, uma vez que a energia é consumida na própria unidade ou na vizinhança, sem afetar as subestações. “É uma questão estrutural. Estamos crescendo em 50% nossa capacidade de transformação nas subestações”, disse. Ele admitiu, porém, que ainda é insuficiente para atender à demanda.
Na semana passada, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgou uma nota técnica na qual aponta o esgotamento do sistema de distribuição na região Norte de Minas Gerais, o que estaria levando a fluxos de potência nas subestações da Cemig.
Conforme mostrou o Broadcast Energia, o problema, contudo, vinha gerando reação de empresários e usuários de sistemas de geração distribuída que nos últimos meses receberam cartas da concessionária estipulando que só receberia fluxos de energia em horário noturno, quando não há mais sol.