Entenda o cenário atual da companhia e se é o momento de investir em ações da Petrobras
Com a mudança de governo, os acionistas da Petrobras (PETR4; PETR4) começam o ano com uma certa apreensão, questionando-se sobre os possíveis impactos das decisões do novo governo na performance das ações da Petrobras. A atmosfera de incerteza é palpável entre os investidores.
No entanto, a pergunta que permanece é se essas preocupações são de fato justificadas. Nesse sentido, é essencial avaliar a situação com um olhar crítico, considerando tanto o cenário político atual quanto os fundamentos sólidos da companhia no setor de energia. Afinal, as ações da Petrobras valem a pena?
É importante relembrar que a Petrobras é uma gigante do setor de energia, uma das maiores do mundo no ramo. Além disso, a empresa expandiu suas operações para abranger toda a cadeia de energia.
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Assim, ela está envolvida em pesquisas, desenvolvimento, produção, transporte, distribuição e comercialização de todas as formas de energia. Com isso, é importante não só destacar os riscos políticos, mas também tudo que leva a companhia a ser considerada uma empresa sólida capaz de gerar muito lucro para seus acionistas.
Distribuição de dividendos no primeiro trimestre do ano continuou alta
Em uma movimentação surpreendente, a Petrobras (PETR4) realizou o pagamento de dividendos no valor de R$24,6 bilhões, referentes ao primeiro trimestre do ano. Essa quantia resultou em um rendimento de 7,4% para os acionistas.
Essa distribuição de dividendos da Petrobras demonstrou a continuidade da política adotada pela Petrobras nos últimos anos. “Mesmo diante de várias críticas do novo governo à distribuição de dividendos aos acionistas, o mercado temia que grande parte dos dividendos já fossem cortados neste trimestre, o que felizmente não ocorreu”, enfatiza Hungria, analista da Empiricus.
Dessa forma, a Petrobras (PETR3), presente na B3 (B3SA3), tem gerado debates entre os analistas de várias casas. Alguns creem que o risco de intervenção política já está refletido no preço, enquanto outros sugerem evitar tais ações.
Petrobras pode continuar investindo e ainda assim pagar dividendos mais altos
O custo atual para extrair um barril de petróleo do pré-sal pela Petrobras é de US$ 2,7, uma redução significativa na última década. Com a produção atual de cerca de 3,2 milhões de barris por dia, o Brasil tem capacidade para ampliar essa produção se a demanda aumentar.
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Nesse sentido, um argumento para a redução de dividendos pela Petrobras é a necessidade de alocar mais recursos para investimentos. No entanto, a empresa pagou dividendos substanciais no passado sem comprometer seus investimentos. Empresas como a Vale (VALE3) e a própria Petrobras mantêm um fluxo consistente de investimentos.
Com isso, é essencial determinar se a Petrobras precisa realmente fazer grandes investimentos que justifiquem a redução de dividendos, ou se esta é apenas uma estratégia para estimular a economia via empregos e impostos. Investidores na Petrobras devem considerar que é improvável receber o percentual de dividendos de 2022 e isso pode se estender até 2026, um ano eleitoral.
JP Morgan segue recomendando compra de ações da Petrobras
Em um relatório recente enviado a seus clientes, os analistas do JPMorgan atualizaram a recomendação para as ações da Petrobras de “neutra” para “overweight”. Isso foi motivado pela diminuição na percepção de risco e pela concordância dos dividendos com os de seus pares globais.
Os analistas do JPMorgan afirmam que a política de preços da Petrobras será mantida em uma margem estreita que, na sua visão, não difere muito da paridade de preços anterior. Com isso, a política de preços, que se refere à estratégia da empresa para definir os preços de seus produtos, é um aspecto importante para a estabilidade financeira da Petrobras.
A equipe liderada por Angele enfatiza que o principal risco para essa visão seria um aumento significativo nos preços globais do petróleo. “Se isso acontecer, a gestão da empresa expressou a intenção de manter a política atual, o que implicaria em elevações de preços. Isso tem sido uma fonte de tensão para todos os governos no passado”, explicam os analistas.
Os especialistas concluem que, embora haja algumas mudanças nos três pilares principais da empresa – precificação, disciplina de capital e dividendos – a essência dessas políticas continua intacta, bem como a governança da companhia. Portanto, mesmo com as mudanças, a estrutura básica da empresa e seus princípios de governança permanecem firmes, recomendando assim a compra de ações da Petrobras.
Análise XP traz visão dos dividendos
Segundo relatório feito XP Investimentos, a Petrobras vê pagamentos de dividendos nos próximos anos no valor de US$ 65-70 bilhões assumindo a regra atual (60% de FCO menos Capex) com potencial para mais US$ 10-15 bilhões de dividendos extraordinários (provavelmente vinculados à suposição de US$ 10-20 bilhões da venda de ativos, que provavelmente não se concretizarão). Considerando o valor de mercado atual da companhia (US$72 bilhões), isso significaria mais de 100% de retorno de rendimento de dividendos para os acionistas nos próximos 5 anos.
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