Confira a análise do relatório mensal de oferta e demanda divulgado pelo USDA nesta quarta-feira, 12/07

O relatório mostra uma redução de 5,5MT na produção dos EUA, refletindo a redução de cerca de 1,7 milhões de hectares na área semeada, conforme relatório de área de fins de junho. O mercado esperava um corte de algo como 7,0MT. Apesar de transtornos com estiagem neste início de estação, o USDA manteve a produtividade das lavouras em 58,28 scs/ha.

Houve corte nas projeções de exportação dos EUA – de mais de 3,0MT para o ciclo 2023/24, para 50,35MT e de pouco mais de 0,5MT para este ano, para 53,9MT.

Os estoques finais vieram acima do esperado para esta temporada, ficando em 6,95MT para este ano agrícola, que termina no próximo dia 31 de agosto. Houve corte na estimativa para o próximo ano, ficando em 8,16MT, quando o mercado esperava algo como 5,6MT.

Em termos globais, houve redução na mesma proporção da menor safra dos EUA, para 405,3MT. O consumo é previsto em queda de 2,0MT, para 384,5MT. Já, os estoques finais vieram em alta, para este ano previstos em 102,9MT; já para a próxima estação, vieram em queda, mas ficou acima do esperado, em 120,98MT.

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A produção brasileira segue estimada em 156,0MT nesta safra e em 163,0MT para 2023/24 – com exportações avaliadas em 94,0MT (1,0MT a mais do em junho) e em 96,5MT para o ano que vem.

A produção argentina era esperada com nova redução, mas permanece projetada em 25,0MT. Enquanto que as importações da China são elevadas em 1,0MT neste ano, para 99,0MT e as da estação 2023/24 são cortadas em 1,0MT, para 99,0MT.

Surpresa nos números do milho

Em relação ao milho, a surpresa ficou por conta do aumento da produção norte-americana, que passa a ser prevista em 389,15MT, ante 387,75MT de junho e 348,75 do ano passado. O mercado esperava 384,8MT. A área foi aumentada, conforme o relatório do mês passado, para 38,08MH; a produtividade, porém, sofre cortes, caindo para 185,7 scs/ha, ante 189,86 scs/ha de junho e 181,3 scs/ha do ano passado.

Houve cortes significativos nas exportações de milho dos EUA, refletindo, sobretudo, a maior participação brasileira no mercado internacional. Quanto aos estoques finais, houve pequeno corte no montante deste ano e um pequeno acréscimo para a temporada seguinte.

A produção mundial é estimada com aumento de pouco mais de 2,0MT para 2023/24, em 1.224,5MT e estoques finais em elevação, para 314,1MT.

A produção brasileira deste ano tem acréscimo de 1,0MT, para 133,0MT. A do próximo ano permanece avaliada em 129,0MT. As exportações são previstas em 56,0MT neste ano e em 55,0MT para a próxima colheita.

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