A maioria dos brasileiros não investe o dinheiro que ganha com a justificativa de inexperiência ou falta de recursos (o 1º salário por exemplo). Parte do desinteresse por aplicações financeiras acaba sendo reflexo de crenças inverossímeis, como a necessidade de dominar por completo a linguagem mercadológica e dispor de grande quantia. Quando, na verdade, é possível começar a construir o seu patrimônio investindo pouco e com noções básicas do mercado.

Embora o número de não-investidores seja alto, a expectativa é que o cenário mude nos próximos anos. De acordo com os dados levantados pelo site Reclame Aqui, em 2021, dos 10.095 pesquisados, 28,2% diziam ter o hábito de investir. Esse número era composto majoritariamente por jovens, sendo 41,7% com idades entre 18 e 30 anos e 22,3% na faixa de 30 a 40 anos.

As informações apresentadas pela pesquisa sugerem uma juventude encorajada a estudar sobre rendimentos monetários e se beneficiar com as vantagens das aplicações. A consequência direta dessa nova dinâmica é o crescimento de uma cultura social mais atenta ao mercado financeiro e capaz de analisar e optar pelas melhores formas de investimento a partir das taxas de rendimento

Investidores iniciantes

É esperado sentir insegurança ao executar qualquer nova tarefa. No entanto, o primeiro emprego e o primeiro salário são exemplos da potência transformadora de enfrentar os medos em busca de um objetivo maior. De maneira semelhante acontece com a primeira vez que se aplica o dinheiro. Só que para saber como se aventurar nesse segmento com segurança e cautela, é necessário foco, disciplina, estudo e, principalmente, clareza na meta a ser alcançada.

Apenas com o propósito definido consegue-se projetar quais possibilidades de investimento são mais adequadas. A fim de mostrar a importância desta etapa, basta saber que quando o intuito exigir um montante de longo prazo, como a aquisição da casa própria, a tendência é escolher uma renda fixa, e, dentre as opções possíveis, existe a Letra de Crédito Imobiliário (LCI). Mas essa é somente uma das alternativas para investidores iniciantes que, via de regra, optam por fundos com menor risco de perdas financeiras. Conheça as escolhas mais recorrentes para este perfil:

Certificado de Depósito Bancário (CDB)

Com rendimento diário, o CDB tem baixo risco e rentabilidade superior à da poupança. Em síntese, ele funciona com aplicações em renda fixa em bancos que realizam operações e devolvem o valor com juros.

Recibo de Depósito Bancário (RDB)

Esse título de renda fixa se assemelha ao CDB, com exceção de poder resgatar o dinheiro estritamente na data do vencimento. Ou seja, pode não ser recomendável para quem deseja ter maleabilidade para retirada das quantias.

Tesouro Direto

Reconhecido como um dos ativos mais seguros do mercado, esse programa faz a compra e venda de títulos públicos e aceita aplicações com valores mais baixos, ideal para quem não possui uma soma alta. Existem três caminhos para diversificar a carteira dentro do Tesouro Direto, quais sejam: prefixado (juros fixos); Tesouro Selic (com rentabilidade atrelada à Taxa Selic); e Tesouro IPCA (rentabilidade atrelada à inflação).

Por fim, as dicas mais importantes para quem vai começar a sua trajetória na vida financeira são alimentar continuamente uma reserva de emergência, exercitar o autocontrole para evitar gastos desnecessários, diversificar as aplicações financeiras e ter a disciplina de acompanhar a evolução dos títulos e do capital. Buscar ajuda especializada é um caminho interessante para quem ainda tem dúvidas sobre o funcionamento dos fundos de investimento.

Texto: AI Conversion