O IPCA de maio exibiu variação de +0,23%, bem abaixo da nossa projeção de +0,38% e da mediana do mercado de +0,33%. Com isso o índice em doze meses cedeu de 4,2% para 3,9%.

Os núcleos mostraram-se bem mais próximos do que o esperado, visto que projetávamos a média em +0,41% e o observado fora +0,37%, denotando que as surpresas foram concentradas em alimentos e administrados.

Na abertura dos subitens, grande parte dos desvios concentrou-se em alimentação (-8bps), com o protagonismo de Leite e derivados (1111), superestimado por nós em 4bps. Ademais, outros desvios acabaram se concentrando em administrados, com gasolina e produtos farmacêuticos sendo superestimados em 2bps cada.

Nossa projeção para o IPCA de junho que já se encontrava em 0,00% deverá entrar em deflação, o que encomendará um vale ainda mais baixo do índice em doze meses no mês, alimentando o discurso em prol da queda de juros. Em termos anuais, estimamos que nossa projeção de 5,4% deverá ser revista marginalmente para baixo em função de ajustes nos subitens supracitados, mas nada que denote um movimento estruturante maior.

Étore Sanchez
Economista-chefe de Ativa Investimentos

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