Liberdade, essa é uma palavra com muito significado para nós mulheres e tem a ver com a capacidade de agir por si próprio; de ter autodeterminação, independência e autonomia. Ao longo dos anos fomos galgando, não a passos tão largos, a nossa tão sonhada liberdade. Prova disso, é que até o início dos anos 60 as mulheres só poderiam trabalhar fora de casa, aceitar o recebimento de uma herança ou abrir conta em bancos se tivessem a autorização do marido, conforme Código Civil de 1.916. Felizmente, depois de muitas lutas e conquistas, a Lei 4.121/62 ampliou os direitos femininos.
Essas mudanças são relativamente recentes e a geração de nossas mães e avós vêm de uma submissão à figura masculina em diversos aspectos, mas sobretudo na vida financeira. Foi somente na década de 60 que elas puderam ter CPF próprio e a possibilidade de se bancarizarem, tornando-se responsáveis por seus próprios recursos financeiros.
Os espaços hoje ocupados por mulheres já mostram grandes avanços. As mulheres ocupam postos nos grandes tribunais, em ministérios, na gestão de grandes empresas, pilotam jatos, comandam tropas, perfuram poços de petróleo. As mulheres são realmente fortes. São mães, chefes de família, empreendedoras. Mas quando o assunto é administrar seus próprios recursos, a grande maioria deixa muito a desejar. Isso acontece com frequência e está diretamente relacionado com a dependência financeira.
Dependência financeira é quando alguém depende de outra pessoa, de um trabalho ou de uma situação para ter dinheiro. Ou seja, a vida econômica gira em torno do poder econômico do outro. Esse tipo de dependência não é boa para ninguém. Tanto do ponto de quem sustenta, tanto do ponto de quem depende. Muitas mulheres que estão vivendo essa realidade não sabem a quais meios recorrer para sair desse contexto.
Passos para sair da dependência e alcançar a liberdade financeira
1 – Despertar
O primeiro passo é enxergar esse elo de dependência em relação aos homens. Perceber como essa relação vem lá de trás, de uma cultura que não é mais a nossa. E despertar para a necessidade de se tornar protagonista da sua própria história financeira.
2 – Diferenciar
O que é sonho, do que é necessidade do que é desejo momentâneo. O mais importante é estabelecer seus sonhos e objetivos. Onde você quer chegar? O que você quer realizar? E nessa caminhada saber diferenciar de fato o que é importante para você. Entenda as razões e sentimentos que estão por trás de suas atitudes em relação ao dinheiro. Observe se elas refletem, de fato, as suas prioridades.
3 – Modificar
Muitas vezes somos levadas por nossos comportamentos automáticos. Por isso mudá-los é fundamental. Comece cortando gastos desnecessários, analise seu estilo/padrão de vida e perceba onde você pode economizar. Mudando hábitos você encontrará oportunidades para poupar.
4 – Planejar
Gerar, economizar e acumular renda. Tire uma fotografia real de tudo que você ganha e do que gasta. Elabore um orçamento para materializar todas essas informações. Você pode utilizar planilhas, anotar em um caderno ou ainda ter um aplicativo de gestão no celular. Tudo isso para melhorar seu desempenho financeiro.
5 – Guardar
Uma boa gestão financeira não se resume somente a controlar os gastos e poupar. Mas, acima de tudo gerir os seus recursos de forma eficiente, é fazer com que seu dinheiro poupado não pare de crescer. Comece a investir, não importa a quantia, mas sim a frequência. Logo se tornará um bom hábito em sua vida.
6 – Realizar
Faça acontecer, escolha o destino que você quer ter e não pare. Mês a mês corrija o percurso, se for preciso mude a rota. Ao longo do tempo você verá os resultados dessa mudança em sua vida financeira e colherá bons frutos.
Estudar sobre educação financeira também é extremamente importante. E vai te ajudar a lidar com os próprios recursos, a fazer escolhas conscientes e a aprender com os erros, ressignificando o passado.
É possível desenvolver um bom relacionamento com o dinheiro e ser livre financeiramente. Mas vale lembrar: a mudança começa em você!
Até Breve!