Rufam os tambores! Alô, investidores! A Petrobras (PETR4) informou na noite desta quinta (27) que seu conselho, em Assembleia Geral Ordinária (AGO), aprovou a distribuição de R$ 35,8 bilhões em dividendos sem que haja a retenção de valores para uma reserva estatutária com a finalidade de investimentos à petroleira. Isso porque antes, os acionistas haviam aprovado a retenção de R$ 6,5 bilhões da segunda parcela dos dividendos referentes ao 4T22. A União foi a responsável pela proposta.
Assim, foi aprovada a remuneração aos acionistas, relativa ao Exercício Social de 2022, no valor de R$ 17,06202044 por ação (ordinária ou preferencial) em circulação. O valor inclui os pagamentos realizados ao longo do ano passado e o dividendo complementar, que será pago a partir do dia 19 de maio.
Ainda segundo a empresa, o dividendo complementar da Petrobras equivale a R$ 2,74573369 por ação (ordinária ou preferencial) em circulação. Considerando a atualização monetária pela taxa Selic de 31/12/2022 até hoje — um acréscimo de R$ 0,11382822 por ação. Logo, o valor total bruto a ser distribuído aos acionistas, considerando a atualização monetária até hoje, é equivalente a R$ 2,85956192 por ação.
Expectativas para o 1T23
Conforme o Credit Suisse, a decisão de pagar o dividendo “integralmente” como positiva e destacou também o que esperar para o 1T23, que será divulgado no próximo dia 9 de maio. “Apesar do barulho político em torno da distribuição do dividendo anunciado nos resultados do 4T22, os acionistas da Petrobras aprovaram o valor integral de R$ 2,86 por ação (ou US$ 1,15 por ADR) – o equivalente ao original R$ 2,75 por ação ajustado para a Selic .
Ainda sobre o 1T23, segundo a Genial, a Petrobras deve apresentar resultados que não mostram grandes contratempos em suas operações e surfando bem os preços do petróleo ao longo do trimestre. “Vale lembrar que especificamente no caso da Petrobras, o resultado deve apresentar queda nas comparações ano a ano muito devido à queda no brent à medida que os preços ao longo do 1T22 chegaram a alcançar US$ 120 o barril no pico de preços versus US$80/barril no 1T23”, avaliam os analistas.
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Além disso, eles também reforçam que o foco deste trimestre não deverá ser o seu resultado operacional (que deverá ser muito bom), mas o direcionamento do que diz respeito a política de preços, foco do fluxo de investimento.
Novos membros para o Conselho da Petrobras
A Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Petrobras contou com diversas deliberações importantes e que podem abrir caminho para as estratégias prometidas em campanha pelo presidente Lula e defendidas pelo CEO Jean Paul Prates. Os acionistas elegeram oito membros do conselho de administração, dois indicados pelos minoritários e seis indicados pelo acionista controlador, incluindo três candidatos que o Comitê de Elegibilidade (Celeg) rejeitou por não cumprir os requisitos da Lei das Estatais (Pietro Mendes, Sergio Rezende e Efrain Cruz).
Ao todo foram aprovadas seis indicações do governo: Bruno Moretti, Pietro Mendes, Jean Paul Prates, Efrain Cruz, Sergio Rezende, Vitor Saback. Mendes também foi eleito presidente do colegiado com 53,49% dos votos, pouco mais do total dos votos da União (50,26%), ante 27,78% votos contrários. Destes conselheiros majoritários, só Prates, atual presidente da empresa, se declarou não-independente da União.
Opiniões
O Itaú BBA avalia que a eleição de conselheiros que receberam recomendações negativas dos comitês internos da Petrobras já era esperada. O Goldman Sachs, por sua vez, observa que a eleição de membros não aprovados pelo comitê de pessoas da empresa pode ser um vento contrário para as ações, também levantando questões sobre a futura alocação de capital da estatal e quaisquer possíveis ajustes na política de preços de combustível.
Já o Bradesco BBI destaca que, como esperado pelo governo anterior, nomes rejeitados pelos comitês da Petrobras foram para o Conselho. “A boa notícia foi a aprovação dos dividendos do 4T22, o que mostra uma abordagem pragmática deste governo para arrecadar recursos. A questão-chave agora é qual será a nova política de pagamento da PBR e para qual dividendo justo as ações irão convergir”, aponta.
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(Com informações Suno/Infomoney/Agência Brasil/Petrobras)