Você já viu o filme Feitiço do Tempo (EUA, 1993)? Em resumo é a história de um repórter que vai cobrir o celebrado “Dia da Marmota” e um lugarzinho estranho. Sem muita paciência e muito a fim de ir embora logo, ele fica preso no tempo, condenado a vivenciar para sempre os eventos daquele dia.

Bem, a espera dos analistas pela melhora do mercado de FIIs está mais ou menos isso, só que em vez de ser o Dia da Marmota é o Mês da Marmota, porque todo o mês há expectativa de que o índice vai melhorar e nada, sempre o looping, a queda foi de 1,69% em março. Para piorar, a crise bancária também está respingando nos Fundos Imobiliários.

O investidor não tem tempo para esperar o mercado de FIIs

Já falávamos por aqui mês passado sobre essa otimista espera, que fevereiro foi marcado pela continuidade das incertezas em torno da pauta fiscal, mantendo a curva de juros futuros volátil e impactando os preços dos ativos imobiliários. Embora a pauta fiscal esteja encaminhada com o arcabouço, outras questões chegaram para conturbar o setor. 

Onde entra o Credit Suisse e a crise bancária?

Anos 1990 o termo “globalização” era o termo “resiliência” de hoje. Bem, é por causa dessa globalização da economia que o que acontece no país X afeta o país Y.  E os mercados estão preocupados já há algumas semanas com a situação do setor bancário após o colapso do norte-americano Silicon Valley Bank (SVB), banco das startups. Então a bomba explode lá na Europa com o centenário banco Credit Suisse depois de o seu maior acionista, o Saudi National Bank, divulgar que não iria mais colocar um dólar na instituição, porque já havia atingido o limite máximo regulatório.

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