De acordo com o Itaú BBA, a Usiminas apresentou resultado operacional (Ebitda) de R$ 579 milhões no quarto trimestre. Queda de 31% na comparação trimestral, mas acima das expectativas do mercado. Além disso, a empresa aumentou a sua projeção de capex (investimentos) para 2023, para R$ 3,2 bilhões, contra R$ 2,4 bilhões anteriormente. Isso de deve principalmente a outros investimentos na unidade de Ipatinga e maior capex de manutenção.
“Mantemos nossa recomendação “neutra” (performance em linha com a média do mercado) para USIM5, com preço-alvo de R$ 8,00 ao fim de 2023″. Disseram os analistas do Itaú BBA.
Usiminas reportou um Ebitda de R$ 264 milhões
Conforme a análise do Itaú BBA, a divisão de siderurgia da companhia reportou um Ebitda de R$ 264 milhões no trimestre. Retração de 34% em base trimestral. Contudo, essa queda foi resultado de menores volumes de aço vendidos no mercado doméstico. Com baixa de 6%, e de menores preços no mercado local, com redução de 7%. O custo caixa no período declinou em 3% em função de menores custos com insumos. Por último, a Usiminas reportou a sua orientação de vendas de aço para o primeiro trimestre entre 950 e 1,050 mil toneladas, aumento esperado de 4% contra o volume vendido no quarto trimestre.
Aumento de 10% no segmento de mineração
Segundo o Itaú BBA, o segmento de mineração reportou um resultado de R$ 171 milhões no trimestre, indicando aumento de 10% em relação ao trimestre anterior. Os resultados melhores da divisão foram apoiados pelo avanço de 7% no volume vendido e pelo menor custo caixa, mais que compensando os preços menores de minério de ferro. Para 2023, a Usiminas estima volumes entre 8,5 e 9 milhões de toneladas, em linha com 2022.
“Pontuamos também que a Usiminas permanece saudável em estrutura de capital, com a alavancagem financeira (medida pela razão dívida líquida/Ebitda) em 0,23 vezes. Os desembolsos para investimentos (capex) totalizaram R$ 867 milhões no quarto trimestre”. Disseram os analistas do Itaú BBA.
Demanda de aço resiliente para 2023
Por fim, o Itaú BBA sinalizou que em conferência de resultados, a Usiminas comentou que estima para 2023 uma demanda de aço no mercado doméstico resiliente em comparação a 2022 e alinhada à projeção do Instituto Aço Brasil, de crescimento de 2% ano contra ano. Por último, a empresa também citou que espera um custo de produção de aço estável (ou até uma leve queda) no primeiro trimestre em comparação ao quarto trimestre diante de menores custos com placas e carvão.