Desde que a Bolsa de Valores se popularizou na primeira década do século 21, abriu um nicho para consultores de investimentos, empresas e afins. Nos últimos 10 anos, com o crescimento de influenciadores digitais e negócios que nasceram no Youtube, o setor bombou para todas as áreas e proliferou. Uma delas foi a do “influencer de finanças”, afinal era preciso alguém assessorar os investidores da Bolsa que pularam 850% no Brasil e chegaram a 5,3 milhões em 2022. Mas acontece que nada é para sempre e tudo é cíclico e, depois da pandemia, muita coisa mudou no novo normal, eis que chegou a hora da crise afetar essa galera que emprega muitas pessoas, ou empregava…
Logo, as dificuldades também bateram à porta dessas empresas de influenciadores depois de um crescimento meteórico. De acordo com uma reportagem do Estadão, no último 27 de janeiro, a Me Poupe!, da jornalista Nathalia Arcuri, demitiu de uma só vez cerca de 70 pessoas, o que representa metade dos 140 funcionários declarados no fim do ano passado. “Falando sobre temas que vão de opções de investimento em renda fixa a operações complexas com ações, o Me Poupe! tem mais de 7 milhões de inscritos no YouTube”, diz o jornal.
Ela não está sozinha, com cerca de 6 milhões de seguidores, o Grupo Primo, de Thiago Nigro (Primo Rico) e Bruno Perini, tem hoje 190 empregados, de acordo com dados do Linkedin, por lá já teve mais de 270 colaboradores.
Conforme os analistas ouvidos pela reportagem, com o aumento na taxa de juros, empresas que se dedicavam mais ao mercado financeiro viram um horizonte bem menos otimista do que em 2022. A Empiricus, empresa voltada para a publicação de conteúdo financeiro, já teve de demitir 12% de seus colaboradores, por exemplo.