Nunca a expressão “errou feio” fez tanto sentido no que diz respeito ao “G” das práticas ESG da Americanas (AMER3), uma das maiores redes varejistas do país que anunciou um rombo de R$ 20 bilhões no último dia 11 e desde esse dia fatídico para o mercado financeiro a empresa está ladeira abaixo.

Ações despencaram, pedido de recuperação judicial, dívidas em torno de R$ 40 bilhões (e contando…), investidores preocupados e além de tudo isso, só piora: B3 excluiu a companhia dos índices da Bolsa. o que comprova que para baixo, todo santo ajuda. E se isso não é uma falha grotesca na Governança Corporativa, não sabemos o que é.

“Se olharmos o relatório anual de 2021, o último disponível, veremos que a preocupação maior é mostrar o que a empresa está fazendo no âmbito ambiental e social, muito mais que no de governança. Parece que o viés dado ao E (ambiente) e ao S (social) fizeram seus gestores esquecerem do G, a efetiva governança. Somente esse descuido justifica a inconsistência contábil apresentada e até então desconhecida”, comenta André Burger, sócio e executivo da Audaka.

A Americanas teve receita líquida de R$ 26 bilhões em 2021 e um EBITDA de R$ 2,9 bilhões. Até o 3T22, a receita líquida já somava R$ 18,9 bilhões. Com esses números, uma “inconsistência contábil de R$ 20 bilhões” não surgiria do dia para a noite.

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