A nova lei cambial aprovada em 2021 e que entrou em vigor no primeiro mês de 2023 promete trazer um novo aval para o Pix internacional. A regulamentação do câmbio visa tanto na abertura de contas em moeda estrangeira no Brasil quanto na abertura de contas bancárias em reais no exterior.

Embora o Pix Internacional ainda não exista, ele está bem perto de se concretizar. A Bank Of International Settlements, instituição conhecida como o “Banco Central dos bancos centrais” e responsável pelo monitoramento bancário internacional, anunciou nos últimos meses de 2022 que o sistema saiu da teoria e está na fase de testes.

Batizado de Nexus, o novo sistema ganhou o apelido no Brasil de “Pix Internacional” e pode conectar mais de 60 países que já disponibilizam algum tipo de sistema de pagamento instantâneo.

O primeiro protótipo do Nexus, na etapa de Prova de Conceito, conecta atualmente três sistemas de pagamento: de Cingapura, da Malásia e da Zona do Euro, esta última representada pelo Banco da Itália. O experimento, no momento, processa pagamentos simulados, sem o uso de dinheiro verdadeiro.

Ainda não se sabe exatamente como vai funcionar a cobrança pelo uso do sistema. O Nexus não vai se responsabilizar pela definição de custos, então, os bancos que utilizarem o sistema poderão definir se o serviço será gratuito ou pago. No Brasil, o Banco Central acompanha o projeto como observador e, por isso, não faz parte dos testes.

Publicidade

SIMULAÇÃO GRATUITA: Descubra onde investir e fazer o seu dinheiro render de verdade. Veja por aqui.

Quando estará disponível?

Segundo o Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central (BC), o Pix internacional tem previsão para 2024 e 2025. Por isso, o momento pede que as instituições financeiras estejam prontas para a chegada desta inovação.

As futuras transferências internacionais do Pix já chamam bastante atenção das pessoas físicas e jurídicas. A modalidade permitirá a translação de recursos em tempo real de um país para outro, o que torna o processo de operação monetária mais prático e eficiente.

“O Pix Internacional tem um desenho que conecta vários sistemas de pagamento de diferentes países em um padrão de linguagem. Então, quando a gente tem a mesma linguagem, a gente conversa sobre o mesmo tema, a comunicação fica mais rápida e direta, o custo é reduzido”, aponta João Paulo Weller, economista e sócio fundador da SWAP Câmbio e Capitais Internacionais.

Mudanças virão

Publicidade

SIMULAÇÃO GRATUITA: Descubra onde investir e fazer o seu dinheiro render de verdade. Veja por aqui.

Além disso, algumas métricas vão mudar quando esta nova modalidade chegar. Uma delas é o custo das operações de capital, o que significa que, com o pix atuando dentro e fora do país, as taxas cambiais serão menores.

Outra mudança será na diminuição do processo burocrático de envio em moeda estrangeira. Hoje, a metodologia de enviar e receber dinheiro do exterior é complexa, sendo necessário uma série de etapas que podem dar dor de cabeça e dificultar o processo. Mas com o Pix internacional, a expectativa é de que a digitalização monetária torne o processo mais ágil e estimule a circulação de capital.

“Existe uma prerrogativa para que a plataforma possa fazer o câmbio em diferentes moedas dentro desse mesmo sistema. Ainda precisamos entender como vai funcionar em um futuro próximo, mas é algo que vai trazer muita qualidade para os meios de pagamento”, finaliza João Paulo Weller.

O câmbio

As operações de câmbio podem ser simples quando executadas da maneira correta e seguindo a legislação. Caso contrário, os transtornos podem ser irrecuperáveis tanto para empresas quanto para pessoas físicas. Empresas brasileiras, por exemplo, que têm negócios no exterior não podem simplesmente dispor do dinheiro no Brasil sem realizar os trâmites necessários.

Para isso, é preciso saber sobre câmbio e, acima disso, negociar as melhores taxas para cada empreendimento. Isso vale tanto para transformar reais em moeda estrangeira e enviar para a empresa lá fora, quanto para transformar a moeda estrangeira em reais e trazê-la para território nacional.

“Acreditamos que a falta de experiência de clientes físicos ou até mesmo jurídicos pode fazer com que estes acabem caindo em bancos tradicionais simplesmente por já possuírem uma conta corrente na instituição. Hoje, trabalhamos de forma a mostrar que há serviços especializados como o nosso que entrega exatamente o que o cliente precisa com um custo mais em conta do que o mercado tradicional oferece”, esclarece Vanderson Santana, da SWAP Câmbio.

Texto: Comunicação/Swap