A PetroReconcavo (RECV3) adquiriu ativos no Brasil da Maha Energy, uma petroleira listada na Bolsa de Estocolmo que tem 95% de sua receita vinda do Brasil.
A PetroReconcavo está pagando cerca de US$ 174 milhões pelo Campo de Tiê, na Bahia, e pelo Tartaruga, em Sergipe.
A aquisição será paga em duas parcelas, sendo a primeira de 60% do preço de aquisição na data do fechamento e o restante, 40% do valor total, em seis meses após o fechamento da operação.
O que achamos
Para o analista Fabiano Vaz, a compra dos ativos da Maha no Brasil traz sinergias geográficas relevantes à PetroReconcavo. “Os principais ativos (Campos de Tiê) são vizinhos das operações do Polo de Miranga, na Bahia, o que possibilita ganhos de sinergia, como otimizar o uso dos recursos e reduzir seus custos operacionais”, diz.
No entendimento do analista, a aquisição ainda mostra que a PetroReconcavo pode aproveitar para fazer pequenas aquisições sem depender dos ativos da Petrobras.
Já para a Maha, a saída do país “está alinhada com a nova estratégia de otimizar a gestão de portfólio da companhia, prosseguindo com o atual plano de investimentos e seu novo posicionamento com uma estrutura de capital aprimorada”, disse a empresa em comunicado.
Produção diária
Em produção, os ativos adquiridos devem somar mais de 2 mil barris de óleo/dia para a PetroReconcavo, sem contar os blocos de exploração que podem agregar ainda mais produção no futuro.
Destacamos ainda que: (i) a receita líquida da Maha Brasil nos primeiros nove meses de 2022 foi de US$ 62 milhões, (ii) e o Ebitda dos últimos 12 meses repostado foi de aproximadamente R$ 62 milhões, o que significa um crescimento de cerca de 20% no Ebitda da PetroReconcavo.
Compromissos futuros
Segundo a PetroReconcavo, a conclusão da aquisição do polo Bahia Terra deve acontecer em semanas/meses, podendo acrescentar mais de 10 mil barris/dia (sem considerar a revitalização).
Em nossa opinião, negociando a 2,5x Ebitda 2023, compre RECV3.