A Telefônica Brasil (VIVT3) encerrou o terceiro trimestre (3T22) com lucro líquido de R$ 1,4 bilhão, volume 9,3% maior no comparativo com igual período do ano passado.

Após alta de 11,8% em 2021, as ações da companhia acumulam baixa de 20,3% neste ano, até 19 de dezembro, segundo informações do TradeMap, hub independente do mercado financeiro.

Segundo Guilherme Tiglia, analista de ações da Nord Research,  a queda da ação não muda as perspectivas da empresa e abre oportunidade de compra.

“Acredito ser um bom investimento para uma estratégia de dividendos”, completa o especialista, lembrando que a empresa remunera seus acionistas, geralmente, duas vezes por ano. 

Saiba mais sobre a Telefônica Brasil

Detentora da marca Vivo, trata-se da maior empresa de telecomunicações do país, com 112 milhões de acessos na operação móvel e fixa, 33 mil colaboradores diretos e 101 mil prestadores de serviços e terceirizados.

Seu portfólio de produtos inclui serviços de voz (fixos e móveis), dados móveis, banda larga fixa, ultrabanda larga, TV por assinatura, tecnologia da informação e digitais – o que abrange, por exemplo, serviços financeiros, armazenamento de dados em nuvem, entretenimento e segurança.

Tem como controlador o grupo espanhol Telefónica, um dos maiores conglomerados de telecomunicações do mundo, com presença em 12 países, incluindo Europa e América Latina.

Por que as ações são uma oportunidade?

Tiglia afirma que a escolha da companhia leva em conta, principalmente, o histórico consistente e boas perspectivas em termos de remuneração aos acionistas.

Ele ressalta que, nos últimos 12 meses, o retorno médio com dividendos pagos pelos papéis da Telefônica Brasil ficou em 9,1%, superior à média dos últimos dez anos – ao redor de 7,5%.

“Olhando para a frente, seguimos acreditando em um bom patamar de proventos”, diz o analista.

Pontos a favor

  • Liderança de mercado na telefonia móvel;
  • Marca amplamente reconhecida;
  • Foco em mix de produtos de maior valor agregado.

Pontos contra

  • Forte concorrência no setor;
  • Transformações tecnológicas que possam afetar seu ambiente de negócios.

A ação está barata ou cara?

A Nord tem recomendação de compra para a Telefônica Brasil (VIVT3), pois avalia que os papéis vêm sendo negociados a patamares interessantes.

“Trata-se de uma empresa com forte geração de caixa e bem posicionada em seu setor, além de ser muito pouco alavancada”, destaca Tiglia. “Existem boas avenidas de crescimento (fibra, 5G e menor exposição a produtos obsoletos), que devem seguir contribuindo para os resultados.”

A análise considera ainda o Dívida líquida/Ebitda da Telefônica Brasil, que está em apenas 0,7 vez, segundo balanço do terceiro trimestre.

O indicador reflete o nível de alavancagem de uma empresa, medido pelo endividamento total, menos caixa, dividido pela geração operacional de recursos. Quanto menor, melhor.

Para quem é indicada essa ação?

Segundo o analista, a exposição ao setor de telecomunicações faz sentido para quem busca papéis de dividendos.

Ele lembra que a Telefônica integra um grupo de empresas maduras, com negócios já consolidados e rentabilidade comprovada ao longo do tempo.  

Quais são as perspectivas no médio e longo prazo?

Tiglia destaca que o cenário é positivo para a companhia no horizonte citado. 

Pelos cálculos do analista, o retorno com dividendos esperado para os próximos meses está na casa de 8%. 

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