As transações correntes do balanço de pagamentos registraram déficit de US$ 4,1 bilhões em julho de 2022, ante déficit de US$ 1,2 bilhão em julho de 2021, segundo dados do Banco Central (BC). Na comparação interanual, houve redução de US$ 2,1 bilhões no saldo da balança comercial de bens e aumentos de US$ 790 milhões e de US$ 179 milhões nos déficits em serviços e em renda primária, respectivamente. O déficit em transações correntes nos doze meses até julho de 2022 somou US$ 36,6 bilhões (2,08% do PIB), ante US$ 33,6 bilhões (1,92% do PIB) no mês anterior e US$ 20,9 bilhões (1,37% do PIB) em julho de 2021.
A balança comercial de bens registrou superávit de US$4,2 bilhões em julho de 2022, ante saldo positivo de US$6,3 bilhões em julho de 2021. As exportações de bens totalizaram US$30,2 bilhões, enquanto as importações somaram US$26,1 bilhões, incrementos de 17,4% e de 33,8% em comparação a julho de 2021, respectivamente.
O déficit na conta de serviços somou US$2,1 bilhões em julho de 2022, aumento de 59,2% em relação a julho de 2021. A conta de viagens internacionais registrou despesas líquidas de US$661 milhões no mês, ante US$229 milhões em julho de 2021. Na mesma base comparativa, e seguindo a tendência dos meses recentes, os fluxos brutos de receitas de viagens expandiram 74,4%, totalizando US$389 milhões, enquanto as despesas brutas de viagens cresceram 132,1%, somando US$1,0 bilhão. As despesas líquidas de transportes somaram US$726 milhões em julho de 2022, ante US$273 milhões em julho de 2021, aumento de 166,3%. Aluguel de equipamentos registrou despesas líquidas de US$670 milhões no mês, ante US$609 milhões em julho de 2021.
Em julho de 2022, o déficit na conta de renda primária totalizou US$6,5 bilhões, estável relativamente aos US$6,4 bilhões ocorridos em julho de 2021. As despesas líquidas de lucros e dividendos aumentaram para US$3,6 bilhões, ante US$2,9 bilhões em julho de 2021. As despesas líquidas com juros somaram US$3,0 bilhões em julho de 2022, ante US$3,5 bilhões em julho de 2021. A redução de despesas de juros concentrou-se em operações de empresas de mesmo grupo econômico.
Os ingressos líquidos em investimentos diretos no país (IDP) somaram US$7,7 bilhões em julho de 2022, ante US$6,6 bilhões em julho de 2021. Houve ingressos líquidos de US$5,6 bilhões em participação no capital e de US$2,1 bilhões em operações intercompanhia. Nos doze meses encerrados em julho de 2022, o IDP totalizou US$65,6 bilhões (3,73% do PIB), ante US$64,5 bilhões (3,69% do PIB) no mês anterior e US$44,9 bilhões (2,95% do PIB) em julho de 2021.
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Os investimentos em carteira no mercado doméstico totalizaram saídas líquidas de US$60 milhões em julho de 2022, compostos por saídas de US$816 milhões em ações e fundos de investimento e entradas de US$755 milhões em títulos de dívida. Nos doze meses encerrados em julho de 2022, os investimentos em carteira no mercado doméstico somaram saídas líquidas de US$269 milhões.
Reservas internacionais
As reservas internacionais somaram US$346,4 bilhões em julho de 2022, aumento de US$4,4 bilhões em comparação ao mês anterior. O resultado decorreu, principalmente, das variações por preços e da receita de juros, que contribuíram para elevar o estoque em US$3,9 bilhões e US$540 milhões, respectivamente.