As três compradoras anunciaram uma cobrança de R$ 3 bilhões na forma de desconto e indenização sobre o valor de venda dos ativos da Oi.
A operação teve um longo caminho, com o leilão em dez/2020 e o fechamento do negócio em abril/2022, após receber aval da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) – este último, numa votação apertada.
O valor da venda foi de R$ 16,5 bilhões, montante sujeito a ajustes para refletir a situação operacional e financeira da companhia ao longo desse período. Embora o ajuste seja um procedimento normal em operações longas, a Oi considerou o valor elevado.
Por outro lado, as três compradoras pedem um desconto de R$ 3,186 bilhões. Deste total, R$ 1,447 bilhão já está retido pelas companhias. Haveria, portanto, a necessidade de a Oi devolver R$ 1,739 bilhão.
A notícia foi o suficiente para derrubar as ações da Oi (OIBR3) em mais de 15%, fechando o dia com baixa de 11,3% a R$ 0,47. A OIBR3 fechou em R$ 0,98 com perda de 4,8% no dia, relata a Planner. O assunto ainda deverá render muita discussão à frente, com reflexo nas ações das companhias.