Confira a avaliação da Ativa referente ao resultado do 2T22 divulgado pelo Banco do Brasil (BBAS3). Nesse sentido, os analistas da corretora destacaram que o banco obteve o maior lucro do setor.

Banco do Brasil teve forte desempenho

De acordo com a Ativa, o Banco do Brasil apresentou um bom resultado, acima das suas projeções. Dessa forma, os analistas da corretora sinalizaram que o forte desempenho se deu pelo custo de crédito ainda baixo, onde o banco optou por não eleva-lo nesse trimestre se utilizando do alto índice de cobertura que possui.

Além disso, a empresa divulgou um sólido crescimento em sua carteira de crédito, que por sua vez, impulsionou o resultado da margem financeira. Por fim, destaca-se também o ganho de eficiência da companhia, conseguindo manter suas despesas operacionais controladas.

Carteira de crédito:

Segundo a Ativa, a carteira de crédito ampliada apresentou crescimento de 4,1% QoQ e 19,9% YoY. De positivo, destaca-se que o crescimento trimestral foi puxado pelo crédito PJ (+4,9% QoQ), segmento que possui uma menor inadimplência, sendo esse ganho de share importante frente ao cenário adverso para os próximos trimestres.

Margem financeira

Conforme o relatório da Ativa, a margem apresentou um bom resultado, em linhas com as nossas estimativas, a receita financeira de operações de crédito (+9,6% QoQ) foi impulsionada pelo crescimento da carteira e do spread com o aumento da taxa de juros no período. Porém, o principal impulsionador da margem financeira foi a receita da tesouraria, com o crescimento da carteira de títulos de renda fixa, a tesouraria obteve um crescimento de 27,2% QoQ.

Custo de Crédito

Segundo os analistas da Ativa, as provisões foram as linhas mais surpreendentes do resultado, com um custo de crédito no trimestre vindo 30,5% abaixo das nossas expectativas e ficando longe do guidance da companhia para o ano, que inclusive foi revisado para cima, a empresa optou por consumir parte do seu elevado índice de cobertura, reduzindo o mesmo de 297% para 271%.

Contudo, até pela revisão de guidance do banco, esses patamares de custo de crédito não devem se manter, tendo a empresa nesse semestre uma PCLD ampliada de 5,7bi, enquanto o guidance para o final do ano aponta para um número entre 14 e 17 bilhões.

Inadimplência

De Acordo com a Ativa, a inadimplência acima de 90 dias apresentou um aumento trimestral de 0,11 p.p., ficando a 2,00%. O dado, em conjunto com o elevado índice de cobertura, dá segurança para a companhia frente ao cenário mais desafiador, permitindo com que a mesma continue expandindo a sua carteira de crédito.

Ganhos de eficiência

Por fim, o Banco do Brasil segue controlando suas despesas administrativas, tendo uma elevação de apenas 1,7% QoQ em um período de alta inflação, melhorando assim o seu índice de eficiência em 1,5 p.p


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