O IPCA de julho mostrou deflação de 0,68%, frente nossa projeção de -0,61% e mediana do mercado de -0,65%. Em doze meses o índice acumulou alta de 10,1%, desacelerando frente ao mês anterior de 11,9%.
Nosso desvio de 7bps foi concentrado em gasolina, cuja projeção foi frustrada em -10bps. No mais destacamos apenas o desvio baixista de higiene pessoal (-3bps) anulados pelos avanços de carnes e leite (+2bps cada).
Com os desvios concentrados em itens fora dos núcleos (em sua maioria administrados e alimentação) a dinâmica da média mostrou-se bem em linha com o esperado. Enquanto esperávamos alta de +0,55% o observado fora +0,53%, com o 12 meses ficando relativamente constante ao redor de 10,5%.
Prospectivamente, esperamos que o desvio observado em gasolina seja apenas uma antecipação dos impactos totais estimados, que não deverão ser muito maiores do que o previsto dado que se trata de um montante especifico produto do alívio de impostos. Por enquanto mantemos nossa perspectiva de 6,6% no ano e em breve divulgaremos a composição mensal do índice.
Étore Sanchez
Economista-chefe de Ativa Investimentos