O ponto de partida de qualquer investimento é saber que tipo de investidor você se considera. Aos Conservadores, aqui vai um aviso: é hora de mudar, bolsa virou alternativa, só investimentos de renda fixa não adianta mais.
Na busca de descobrir seu perfil de investidor, saiba que nada impede que você “visite” diferentes perfis durante a vida. Porém a consciência de como você está hoje é essencial para traçar os objetivos e as estratégias de investimentos.
O perfil dos Conservadores prioriza a segurança e a liquidez. Por este motivo a concentração em renda fixa assume protagonismo, na maioria dos casos com 100% de alocação em renda fixa. Se você se encaixa nesta maioria, a hora de mudar chegou!
Para quem acompanha as notícias do mercado, deve ter percebido em algo que diz “juros negativo”. Bom, este tema toca diretamente aos Conservadores, pois infelizmente a renda fixa não renderá mais como antes. Portanto será necessário buscar fontes alternativas de retorno, só para alcançar um aproximado do que você ganhava na renda fixa uns anos atrás.
Um rápido exemplo para explicar sobre os juros negativos…
Um investimento 100% do CDI pagando 20% IR (ignorando taxas de custódia), nos níveis atuais o rendimento está próximo dos 3,2% ao ano. Considerando a inflação projetada para 2020, que está em torno do 3,5%, você verá que o retorno real do investimento (descontando a inflação) fica negativo em aproximadamente 0,3%. Ou seja, o tempo passa e você fica mais pobre.
Saiba que em outros países este modelo já existe. No Japão, você investe por 10 anos e recebe (-) 0,125 por cento ao ano. Ou seja, você investe 1.000 e resgata 987,6.
Este exemplo prova a necessidade de mudança. O mundo está mudando. Todos os dias as coisas mudam. E a ideia de conservadorismo precisa mudar.
Se estamos em constante desenvolvimento, melhorando a cada dia, não vai ser o perfil conservador que precisa estar fixo em um cenário duro e atrasado. Portanto a ideia de que Bolsa não é para conservadores já não existe mais. O desafio agora é na transparência. Os Conservadores precisam entender dos riscos, além de saber diversificar. Isto é, na escolha dos investimentos não seria nada incoerente alocar 3%, 5% ou até mais em Bolsa.
Para manter os privilégios de antes é preciso se adaptar. Pois agora os fundos DI e a poupança literalmente estão cada dia lhe deixando mais pobre.