Em maio, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada para 2022 deve totalizar o recorde de 263,0 milhões de toneladas, 3,8% acima (9,7 milhões de toneladas) da obtida em 2021 (253,2 milhões de toneladas), segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa de maio cresceu 0,6% em relação à anterior (261,5 milhões de toneladas).

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) aponta que a área a ser colhida é de 72,3 milhões de hectares, 5,5% (3,8 milhões de hectares) maior que a área colhida em 2021 e 0,5% (371,0 mil hectares) maior do que o previsto no mês anterior.

O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos deste grupo, somados, representam 91,7% da estimativa da produção e respondem por 87,4% da área a ser colhida. Frente a 2021, houve acréscimos de 8,5% na área do milho (7,3% na primeira safra e 8,9% na segunda), de 18,0% na área do algodão herbáceo, de 4,3% na área da soja e de 2,1% na do trigo. Por outro lado, houve declínio de 2,2% na área do arroz.

Espera-se que a produção de soja totalize 118,6 milhões de toneladas, com alta de 0,1% em relação ao previsto no mês anterior, e redução de 12,1% ante a produção do ano anterior. A produção do milho foi estimada em 112,0 milhões de toneladas, com crescimento de 0,1% frente ao mês anterior e 27,6% em relação a 2021. Já a estimativa de produção do arroz (10,6 milhões de toneladas) recuou 8,4% frente a 2021.

A informação de maio para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2022 alcançou 263,0 milhões de toneladas e uma área colhida de 72,3 milhões de hectares. Em relação a 2021, a área a ser colhida cresceu 5,5% (3,8 milhões de hectares). Frente ao previsto no mês anterior, houve alta de 371,0 mil hectares (0,5%).

Três grandes regiões cresceram em sua estimativa frente ao mês anterior: a Sul (1,5%), a Sudeste (2,7%) e a Nordeste (1,0%). O Norte ficou estável (0,0%), enquanto o Centro-Oeste teve queda de 0,4%. Frente ao produzido no ano passado, o Centro-Oeste deve ter aumento de 11,3%, totalizando 129,7 milhões de toneladas, representando 49,3% do total produzido no país. Na mesma comparação, o Sudeste deve ter aumento de 14,4% em sua produção de grãos, ao somar 28,1 milhões de toneladas (10,7% do total do país). Com total de 25,6 milhões de toneladas, o Nordeste deve produzir 11,0% a mais do que no ano anterior, representando 9,7% da produção nacional de grãos. No Norte, a produção estimada é de 12,9 milhões de toneladas, aumento de 5,2% frente ao produzido em 2021. Para o Sul, é estimado um declínio de 13,2%, ao totalizar 66,7 milhões de toneladas (25,4% do total do país).

Entre as unidades da Federação, Mato Grosso é o maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 30,1%, seguido pelo Paraná (13,9%), Goiás (10,7%), Rio Grande do Sul (9,3%), Mato Grosso do Sul (8,2%) e Minas Gerais (6,8%), que, somados, representaram 79,0% do total nacional. As principais variações positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, ocorreram em Minas Gerais (738,0 mil toneladas), Rio Grande do Sul (720,7 mil toneladas), Paraná (244,4 toneladas), Bahia (210,6 mil toneladas), Alagoas (14,8 mil toneladas), Ceará (11,6 mil toneladas), Maranhão (7,6 mil toneladas), Acre (2,3 mil toneladas), Rio de Janeiro (529 toneladas) e Rondônia (36 toneladas). Já Mato Grosso (-476,1 mil toneladas) e Rio Grande do Norte (-90 toneladas) tiveram as principais quedas.

Destaques na estimativa de maio de 2022 em relação ao mês anterior

Em maio, destacaram-se as variações positivas nas seguintes estimativas de produção em relação ao mês anterior: aveia (13,6% ou 137,1 mil toneladas), do trigo (12,1% ou 956,3 mil toneladas), da cevada (4,0% ou 18,1 mil toneladas), do algodão em caroço (3,2% ou 207,7 mil toneladas), do milho 1ª safra (1,6% ou 403,6 mil toneladas), do feijão 3ª safra (1,4% ou 9,6 mil toneladas), do feijão 1ª safra (1,4% ou 15,2 mil toneladas), do café canéfora (0,8% ou 8,7 mil toneladas) e da soja (0,1% ou 92,4 mil toneladas).

Por outro lado, houve declínios para o café arábica (-5,9% ou -132,2 mil toneladas), para o feijão 2ª safra (-1,4% ou -18,6 mil toneladas), para o sorgo (-1,2% ou -36,1 mil toneladas) e para o milho 2ª safra (-0,3% ou -253,3 mil toneladas).

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