(*) Anselmo Ferreira
O retorno de uma guerra, que acontece entre a Rússia e a Ucrânia, no cenário internacional e a polarização política diante da eleição para à presidência da República, no plano interno, figuram como dois fatores, que por si só influenciam a combalida economia brasileira, sempre oscilante entre situações de altas e baixas nas atividades comerciais e industriais e de serviços.
Dentro deste aspecto, cito na área de serviços de minha atuação, a comunicação, um segmento há anos em crescimento, mas que no momento sofre a influência direta destas indefinições, bem como tropeça nas suas próprias origens semânticas entre o impresso, o presencial e o digital corroborando o comportamento e a gana da maioria dos clientes de aparecerem nas primeiras páginas do Google, a chegada do metaverso, o ter de agradar a uma tal de geração Z, as plataformas que se inventam todos os dias e a profusão das mídias digitais.
Tudo isso somado à situação econômica tornam-se fatores complicados para quem trabalha com a comunicação corporativa, bem como a ocorrência de fatores intrínsecos aos profissionais que cuidam dessa área nos departamentos de comunicação, propaganda e marketing dessas empresas, que convivem com o excesso de tarefas a executar para os mais diferentes departamentos de suas organizações, pois os profissionais responsáveis por estas tarefas nessas companhias – muito capazes por sinal -, vivem atropelados de trabalho e “presos” aos meios e parâmetros internos e estratégias, que se avolumam a cada dia.
Com isso deixam de promover, de fato, aquilo para o qual deveria ser a sua função inequívoca: propagar o nome da empresa no mercado (marketing, propaganda e vendas), fazendo com o qual, as marcas que defendem e os empregam sejam cada vez mais conhecidas, admiradas e intrinsecamente, geradoras de negócios e lucros. Por isso mesmo, acabam por atrapalhar o brand e geram dificuldades adicionais à governança corporativa.
Na mesma linha para os que trabalham com a difusão de informações e boas práticas no trabalho (Endomarketing), poderiam perfeitamente dispor de maior tempo para propor novas campanhas, que fugissem do lugar comum e promovessem ainda mais o bem-estar dos colaboradores. Mais ações propositivas certamente geram mais negócios… Esta é a lógica da comunicação.
Essas duas práticas de profissionais de comunicação poderiam muito bem, simplesmente, se aliar às agências de comunicação de vários portes, experiência, comprometimento e valores, que podem se tornar parceiras em soluções e buscarem o desatrelamento emanado diariamente pelo mercado gerando foco e conteúdo diferenciado.
(*) Anselmo Ferreira é CEO da Unit Comunicação, jornalista e mestre em Comunicação pela Cásper Libero.