Em 2021, a receita líquida da Petrobras cresceu 66% em relação a 2020, devido à alta de 77% do preço do Brent em reais e ao aumento da demanda no mercado interno, principalmente em razão da retomada econômica após o auge da pandemia da COVID&’8208;19 em 2020. Destaque também para o aumento nas vendas de gás natural e energia elétrica, tendo em vista o aumento do despacho termoelétrico em 2021e a recuperação da demanda do segmento industrial.
Petrobras apresenta lucro líquido de R$ 106,7 bi em 2021
Em 2021, o custo dos produtos vendidos cresceu 57% refletindo, principalmente, maiores gastos com importações, fruto de maiores volumes de petróleo, derivados e gás natural e de maiores preços de Brent e de GNL. Vale destacar o aumento do GNL na composição das compras de gás natural, tendo em vista o aumento de 188% no volume de importações de GNL para atendimento da demanda crescente, associado ao aumento de 226% nos custos de aquisição em reais.
No ano de 2021 as despesas operacionais foram 76% menores devido, principalmente, ao impairment de R$ 34,3 bilhões ocorrido em 2020, contra uma reversão de impairment de R$ 16,9 bilhões em 2021.
Outros destaques são as despesas com vendas e gerais e administrativas, que caíram 5%, refletindo principalmente menores volumes exportados e menores despesas com frete, e as despesas tributárias, que caíram quando comparadas a 2020, quando houve adesão a programas de anistia estaduais no RJ e ES.
Em 2021, o EBITDA Ajustado subiu 64%, atingindo R$ 234,6 bilhões devido, principalmente ao aumento do Brent. Outros fatores que merecem destaque foram as maiores vendas de derivados no mercado interno, com maiores margens de diesel e gasolina, compensados por menores exportações de petróleo, maiores custos de aquisição de GNL e a revisão atuarial referente a coparticipação do plano de saúde.
O resultado financeiro foi negativo em R$ 59,3 bilhões em 2021, uma piora de 20% em relação a 2020 devido, principalmente, às variações cambiais.
O lucro líquido em 2021 foi de R$ 106,7 bilhões, comparado a R$ 7,1 bilhões em 2020. Esse aumento expressivo se deve principalmente à alta de 77% do preço do Brent em reais no período, aliado a maiores volumes de venda no mercado interno e melhores margens de derivados. Além disso, houve reversão de impairment de R$ 16,9 bilhões, comparado a um impairmentde R$ 34,3 bilhões em 2020. Com o maior lucro antes dos impostos, houve maior despesa com imposto de renda e contribuição social em R$ 50,5 bilhões em 2021 em comparação com 2020.
Em 2021, os investimentos totalizaram US$ 8,8 bilhões, aumento de 9% em relação a 2020, refletindo a melhora do cenário econômico pós fase crítica da pandemia de COVID&’8208;19. No 4T21, os investimentos somaram US$ 2,6 bilhões, 41% acima do 3T21, dos quais aproximadamente 57% corresponderam a investimento em crescimento.
A geração de caixa e a contínua gestão da dívida em 2021 permitiram à companhia o atingimento antecipado, no 3T21, de sua meta de dívida bruta de US$ 60 bilhões estabelecida originalmente para 2022. Em 31 de dezembro de 2021, a dívida bruta alcançou US$ 58,7 bilhões, 1% inferior a 30 de setembro de 2021, principalmente em função de pré&’8208;pagamentos e amortizações de dívidas. No ano de 2021, a redução foi de 22%.
(MR – Agência Enfoque)
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