O estímulo à alternância de poder reforça a prática democrática. E isto se dá não apenas no plano essencialmente político, mas também no mundo corporativo e junto ao terceiro setor. O Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (IBRI), que completará 25 anos em junho próximo, é um desses exemplos. Entidade que sempre se mostrou ativa na defesa da atividade profissional de relações com investidores, bem como do mercado de capitais em geral, quase ao mesmo tempo em que anuncia os novos Conselho e Diretoria Executiva apresenta boas novidades.

Ainda que estas tenham sido gestadas anteriormente, em uma espécie de regime colegiado, na prática, com vários profissionais envolvidos, é alvissareiro termos novos dirigentes anunciando novos produtos. A sociedade civil, convenhamos, é viciada no “novo”. E assim é com o IBRI.

Para esta segunda, 14, o Instituto já anunciou apoio ao lançamento do   podcast “Mercado S/A”, voltado à vida de RI, que se dará no Spotify do Mercado S/A e no Youtube da Ten Meetings. O tema do primeiro episódio será “A Carreira em RI”, com a presença da convidada Renata Oliva Battiferro, diretora de Relações com Investidores da Positivo Tecnologia e VP do Conselho de Administração do IBRI. 

Já no dia 23 próximo ocorrerá um outro lançamento, também tecnológico, prometendo melhorar a cobertura das companhias listadas em Bolsa. Trata-se da plataforma de Fórum de RI, a primeira da América Latina, desenvolvida pela Ohmresearch em parceria com o IBRI. Na apresentação, a ferramenta é mostrada como algo que facilitará a comunicação e proporcionará “uma vertente mais humana no trabalho do profissional de RI”.

Sintetizando as ações (presentes e futuras), o presidente do Conselho, Geraldo Soares, assina artigo para esta coluna sobre os três desafios para os profissionais de RI em 2022: o aumento da utilização de plataformas digitais; a comunicação segmentada com os stakeholders; e a importância da padronização dos indicadores ESG (do inglês Environmental, Social and Governance). O texto será publicado na próxima quarta-feira, 16, aqui no Portal Acionista.

Parabéns ao IBRI e vida longa à democracia!

POSITIVA

O Ano é eleitoral – e as pesquisas não se cansam de apontar, por ora, o favoritismo do candidato de oposição – e a reforma tributária não está resolvida, mas, ainda assim, a Bolsa brasileira esteve firme no leme e fechou a última semana com ganho de 1,18% e 113.572 pontos. Considerando apenas o campo interno, é notícia que o mercado recebe com sorriso no rosto.

HORARIOS

A B3 informa que a partir de 14 de março haverá alteração de horários, em função do Horário de Verão nos Estados Unidos (que passará a vigorar na véspera, 13 de março).

Assim, o mercado à vista da Bolsa brasileira estará ativo das 9h30 às 17h.

OFERTA

A Itaúsa comunicou o mercado que, em conjunto com Cambuhy Alpa Holding Ltda., Alpa Fundo de Investimento em Ações, Santo Aldo Participações Ltda., e seus controladores (“Grupo MS”) (Itaúsa e Grupo MS, considerados em conjunto, “Acionistas Controladores”) manifestaram o compromisso, no contexto da oferta pública de distribuição primária de ações de emissão da Alpargatas (“Oferta Restrita”), de:

  1. exercer integralmente os Direitos de Prioridade, subscrevendo e integralizando Ações a que fazem jus nos seus respectivos Limites de Subscrição Proporcional, e.
  2. subscrever e integralizar a totalidade de Ações Ordinárias que vierem a remanescer no âmbito da Oferta Institucional.

Desta forma, a Itaúsa se comprometeu, no âmbito da Oferta Prioritária, a subscrever e integralizar, com recursos próprios, 27.720.403 ações de emissão da Alpargatas (16.083.306 ordinárias e 11.637.097 preferenciais), pelo preço por ação a ser fixado pelo Conselho de Administração da Alpargatas.

Adicionalmente, a depender das condições de mercado, a Itaúsa poderá subscrever ações preferenciais no âmbito da Oferta Institucional.

TESOURARIA

A Itaúsa informou, também, que em janeiro/2022 não negociou com suas próprias ações para tesouraria e que o histórico de recompra de ações próprias para tesouraria estão disponíveis no site da companhia: www.itausa.com.br.

CAPTAÇÂO

A Raízen, joint-venture formada pela Cosan e a Shell para produzir etanol, deverá emitir R$ 1,2 bilhão em debêntures vinculadas a indicadores ESG.

CAPTAÇÂO 2

A Usina Coruripe (criada em 1925 e instalada a 120 Km da Capital de Alagoas) é uma das maiores do setor sucroenergético do país. Por isso não teve maiores dificuldades em concluir a emissão de US$ 300 milhões (cerca de R$ 1,59 bilhão) em títulos de renda fixa no exterior (bonds), com juros de 10% ao ano.

Esta transação marca a entrada da companhia no mercado de capitais internacional e representa uma evolução na estrutura de liquidez, a partir do alongamento de parte da dívida atual para um período de cinco anos. A companhia tem tradição na emissão de títulos no Brasil, tendo efetuado quatro captações de CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio).

Durante a safra 2020/21, Coruripe registrou faturamento de R$ 3,16 bilhões, significando crescimento de 28,9% em relação à safra anterior (2019/20). Com isto, o lucro líquido foi de R$ 338,3 milhões – aumento de 331,9% na comparação com o período anterior.

MINERAÇÃO

O ex-ministro Raul Jungmann, da Defesa, assumirá a presidência do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) no dia 1º de março próximo. Na mesma data Eduardo Augusto Ayroza Galvão Ribeiro, CEO da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), assumirá o comando do Conselho, no lugar de Wilson Brumer.

O novo presidente executivo – deputado por três mandatos, ministro da Defesa&Segurança, secretário do Desenvolvimento Agrário, presidente do Conselho do Banco do Brasil e do Ibama, entre outros –  terá o desafio de estabelecer novos horizontes para a expansão da mineração no país, inclusos os novos minerais a serem demandados pelo mercado, enfatiza a Agência Brasil61.

BRUMADINHO

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 3ª Região, em Minas Gerais, deverá retomar nesta próxima quarta-feira o julgamento de ação envolvendo a tragédia de Brumadinho. No processo, o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria e Extração de Ferro e Metais Básicos de Brumadinho e Região pede indenização de R$ 3 milhões por aquilo que se configura como “dano-morte” no Direito, mas não exatamente no Trabalhista.

Há três anos (completados em janeiro último) morreram 272 pessoas, com o rompimento da Barragem do Córrego do Feijão. De lá para cá, o Ministério Público do Trabalho conseguiu acordo entre a Vale e as famílias.

CÁPSULAS

Por meio de um voo de drone será possível espalhar entre 1.000 e 3.000 cápsulas de sementes para reflorestamento na Amazônia. É isto o que pretende a Ambipar que, através de seu Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, cria produto para a prática de reflorestamento em massa.

Trata-se de reaproveitamento de cápsulas de colágeno – 150 toneladas de resíduos proveniente do processo de fabricação de vitaminas, fármacos e suplementos da indústria farmacêutica –, antes descartadas em aterros sanitários e que agora voltam à natureza em forma de árvores, pois o inóculo de cápsula é preenchido com sementes de plantas nativas e coletadas nas próprias florestas de cada bioma.

Em contato com a água, as cápsulas derretem e formam nutrientes e organismos biológicos que ativam a semente, provocando uma maior probabilidade de germinação, além do que a própria cápsula (isenta de contaminação por fármacos) faz com que a semente seja protegida contra o sol. 

DESALINHO

Relatório publicado no último dia 9, e divulgado no Brasil pela agência EPBR, mostra que a maioria das empresas do setor de energia (eletricidade e óleo e gás) está desalinhada com as metas de limitar o aquecimento global abaixo de 2°C até o final do século. O trabalho é assinado pela Transition Pathway Initiative (TPI).

Apurou-se que no setor elétrico os resultados são melhores do que aqueles de O&G, mas ainda há um longo caminho pela frente. Das 76 companhias do setor elétrico analisadas, 33 apresentaram gestão de emissões alinhadas com o cenário abaixo de 2°C, como propõe o Acordo de Paris; enquanto outras 11 corporações já estão mais adiantadas, alinhando-se com o limite de 1,5°C.

DESALINHO 2

No setor de óleo e gás, 48 companhias – de um total de 58 analisadas – não estão sequer alinhadas com os compromissos apresentados para cumprir o Acordo de Paris, nem com os cenários abaixo de 2°C. A Petrobras é uma delas.

Esse ferramental da TPI analisa 479 das maiores empresas de capital aberto do mundo, com valor de mercado somado de US$ 10 trilhões. Com isto, os investidores poderão saber se as empresas estão efetivamente na direção certa para a transição para emissões líquidas zero até 2050.

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