Segundo Dombrovskis, a recuperação econômica europeia foi forte em 2021, com políticas rápidas, “bem calibradas e coordenadas de perto”. O mercado de trabalho melhorou de modo significativo, com a taxa de desemprego recuando a 6,4% em dezembro, mínima histórica.
Por outro lado, as economias enfrentam as dificuldades nas cadeias globais de oferta e demanda, apontou a autoridade. “A falta de uma série ampla de produtos pesa na produção e coloca pressão sobre os preços”, notou, destacando o “salto nos preços de energia” como “uma preocupação séria”.
Ao mesmo tempo, apontou que as pressões de preços “estão se tornando de base mais disseminada” e que a inflação “deve seguir elevada por mais tempo do que o antes esperado”.
Dombrovskis, porém, reafirmou a confiança nos bancos centrais, especificamente no Banco Central Europeu (BCE), para fazer valer seu mandato de estabilidade de preços.
Ele ainda comentou que a Comissão Europeia avalia o impacto econômico do quadro atual para suas projeções de Inverno deste ano, que serão publicadas na quinta-feira, 10. “Diante do alto grau de incerteza, a política fiscal deve continuar a dar apoio moderado neste ano”, disse, mas recomendando que isso seja “bem direcionado” e sem criar um peso permanente para as finanças públicas.