Virou rotina dizermos que o mercado local não consegue acompanhar o melhor desempenho dos mercados no exterior. Lá, as variantes Ômicron e Delta podem causar juntas (segundo a OMS) um tsunami de contágio, e isso ofusca aquele tradicional rali de fim de ano. Mesmo assim, na sessão de ontem, Dow Jones e S&P bateram novos recordes históricos de pontuação.

Aqui, a Bovespa encerrou o dia com queda de 0,72% e índice em 104.107 pontos, mas chegou a vazar o patamar de 104.000 ao longo do dia. O dólar encerrou pressionado em alta de 0,95% e cotado a R$ 5,69. Já o Dow Jones mostrou alta de 0,25%, e o Nasdaq com queda de 0,10%, por realizações em ações de tecnologia. Aqui, além da covid-19 e suas variantes, pesam o quadro fiscal complicado de 2022, inflação e juros em alta, além do quadro político e uso eleitoreiro dos escassos recursos.

Hoje, mercados da Ásia fecharam com comportamento misto. Europa começou no positivo, mas perde tração, e futuros do mercado americano ainda indefinidos, apesar do viés positivo. Aqui, no contexto presente, já seria bom conseguirmos manter o patamar de 104.000 pontos do Ibovespa, mesmo com o índice negativo (faltando a sessão de hoje) em 12,55% em 2021.

Na China, o PBOC (BC chinês) reafirmou compromisso com política monetária flexível, mas a incorporadora Evergrande deixou de quitar títulos, mesmo anunciando que retomou 91,7% dos projetos. O governo também cortou a importação de petróleo em 11%, e isso impulsiona queda do óleo no mercado internacional.

Biden e Putin discutem hoje tropas russas na fronteira com a Ucrânia, e isso pode ser positivo, depois das pressões diplomáticas ocorridas. No mercado internacional, o petróleo WTI, negociado em NY, mostrava queda de 0,73%, com o barril cotado a US$ 76. O euro era transacionado em queda para US$ 1,131 e notes americanos de 10 anos também com queda nos juros para 1,52%. O ouro e a prata tinham quedas na Comex, e commodities agrícolas com quedas na Bolsa de Chicago.

Aqui, a elite do funcionalismo público entrega cargos por conta de falta de reajuste de salários, além de discutir estado de greve. Segundo noticiado, o Bacen começa a entregar cargos já em 03/01. Na Bahia, 1.132 cidades decretaram estado de emergência e as chuvas são as maiores para o mês em 32 anos.

O ministro da Saúde, Queiroga, criticou estados que decidiram vacinar crianças sem restrições. A FGV anunciou que a confiança empresarial encolheu 1,2 ponto em dezembro, ficando em 95,2 pontos, e assessores de Dória na covid-19 indicam expansão de internações e possibilidade de colapso em hospitais.

Na agenda do dia, teremos a nota de política fiscal de novembro e a fixação da bandeira tarifária do próximo mês. Nos EUA, os pedidos de auxílio desemprego e PMI de serviços. Expectativa para o dia de Bovespa podendo recuperar (mas é difícil), dólar pressionado (depende da PTAX) e juros em queda.

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