Mercados de risco no mundo começando o dia diante de enorme cautela, por conta do anúncio da descoberta de novas variantes da covid-19 na África do Sul, aumento de restrições e petróleo detonado no mercado internacional.
Ontem, mesmo com o feriado americano do Dia de Ação de Graças nos EUA, os mercados de risco ainda tiveram bom comportamento. A Bovespa emplacou o terceiro pregão seguido de alta, com valorização de 1,24% e índice em 105.811, e o dólar com queda de 0,53% e cotado a R$ 5,565.
O dia começa diante de forte pressão vendedora e quedas acentuadas. O petróleo WTI, negociado em NY, perde mais de 6%, o ouro e a prata como proteções sobem forte e Bolsas tombam no mundo.
Mercados acionários terminaram o dia na Ásia com perdas, destaque para Tóquio com -2,53% e Hong Kong com -2,67%. Europa cai pesada, mas já afastada das mínimas do dia, e futuros do mercado americano nas mesmas condições. Aqui, seguimos alertando que a perda do patamar de 102.000 pontos do Ibovespa pode acarretar maior precipitação. Notem que, na sessão de 23/11, os estrangeiros sacaram um bom montante de recursos.
A maior culpada, como dissemos, é a nova variante (bem contagiosa) da covid-19 na África do Sul. A OMS faz reunião hoje para discutir isso e países já se agitam. A União Europeia anotou que maiores economias já retomam restrições de contato. Portugal voltou a obrigar o uso de máscaras e exige testes negativos para entrada no país e a União Europeia vai propor veto de voos da África do Sul. Reino Unido e Israel já barraram voos.
No Japão, o BOJ (BC japonês) já discute a alta da inflação, apesar de ainda bem longe da meta de 2%, que só deve ser atingida em 2023. No mercado internacional, o petróleo WTI tinha queda de 6,15% e barril cotado em US$ 73,57. O euro tinha alta para US$ 1,127 e notes americanos de 10 anos com juros em queda para 1,53%, como proteção. O ouro e a prata também subiam na Comex, e commodities agrícolas com viés de queda.
Aqui, as principais capitais não sabem ainda como lidar com as festividades do final de ano, a novela dos precatórios tem novos capítulos de críticas. Bolsonaro culpa Lula pelo preço alto do combustível e o senador José Aníbal teceu pesadas críticas contra o governo, dizendo ser indecência o país crescer zero em 2022. Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, diz não existir ocultação no relatório dos precatórios.
Na agenda, a nota de política monetária de outubro, a confiança da indústria em novembro e dados do Caged de outubro. Expectativa para o dia de Bovespa, dólar e juros em queda.