A BrasilAgro registrou um crescimento de 43% no lucro líquido durante o primeiro trimestre do ano safra 2021/22, entre 1 de julho e 30 de setembro, comparando com igual período de 2020. Em valores, passou de R$ 75,6 milhões para R$ 107,9 milhões, com margem líquida operacional de 20,1%. Os números constam do balanço divulgado pela empresa na noite da quinta-feira (4).

A receita líquida da companhia, especializada na compra e venda de propriedades rurais e na produção de alimentos, fibras e bioenergia; somou R$ 378,1 milhões no período, um aumento de 65% na comparação com os R$ R$ 229 milhões do primeiro trimestre da safra passada.

“Esse aumento pode ser explicado principalmente pelos preços de venda superiores, bem como, em razão dos maiores volumes faturados comparado ao 1T21”, diz trecho do balanço ao mercado.

O Ebitda ajustado somou R$ 190,6 milhões, ante os R$ 68,2 milhões do mesmo período de 2020, um crescimento de 179%.

Com 194.742 hectares de área útil, a BrasilAgro informa que 73% do portfólio de fazendas é próprio da companhia, sendo 27% restantes arrendados. Este total já exclui 2.694 hectares úteis da fazenda Alto Taquari e 2.859 hectares da Rio do Meio, ambas vendidas no último trimestre pela empresa, mas o valor referente será contabilizado apenas no segundo trimestre.

“A BrasilAgro entra no ano-safra 2021/2022 preparada para se beneficiar do ciclo das commodities, que continua positivo para esta safra; permitindo realizar ganhos através da produção e venda de terras”, afirma André Guillaumon, CEO da BrasilAgro, em comunicado ao mercado.

O caixa e o equivalente de caixa da companhia totaliza R$ 1,2 bilhão. No balanço ao mercado, a companhia confirma o pagamento de R$ 260 milhões em dividendos, que foi aprovado pelos acionistas em assembleia realizada na semana passada.

“Já nas operações agropecuárias, estimamos para a safra 2021/2022 operar uma área de 168,8 mil hectares. Com isso, estimamos uma produção de 398,5 mil toneladas de grãos e algodão e 2,6 milhões de toneladas de carne para a safra 2021/2022”, diz o relatório.

A soja é a principal cultura, respondendo por (62.838 ha) 37%, seguido da cana-de-açúcar (29.126 ha) com 17%, milho (27.121 ha) com 16%, pastagem (11.301 ha) com 7%, feijão e feijão safrinha (6.363 ha) respondendo por 4% e algodão (4.059 ha) com 2%, além de 27.966 ha, ou 17%, para outras culturas.

Produção agrícola

As projeções da BrasilAgro para a safra de grãos e algodão preveem aumento de produção para todas as culturas, exceto feijão safrinha, que será plantado em menor área que a safra anterior. Os valores mais expressivos estimados são do milho, com crescimento de 162,4%; passando de 31.315 toneladas na safra passada para 82.170, e do algodão, saltando 162,5%, de 5.055 toneladas para 13.270 nesta safra. As demais são estimadas da seguinte forma: Feijão (60%), milho safrinha (49,5%), soja (13,5%), feijão safrinha (-39,7%).

No caso da cana-de-açúcar, entre abril deste ano e 30 de setembro, a companhia colheu 1,7 milhão de toneladas, em 20.597 hectares. “Até o encerramento da colheita devemos entregar mais aproximadamente 494 mil toneladas, totalizando 2,2 milhões de toneladas colhidas”.

Em relação à pecuária, a quantidade de cabeças atual é de 11.301 animais, rebanho maior que o contabilizado na safra passada, com 9.636.


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