Em suma, a maré negativa que a Bolsa de Valores (B3) enfrentou no mês passado se deve, principalmente, aos impasses entre os poderes, incertezas em torno dos custos para financiar novos programas, além de baixas no mercado internacional.
Desse modo, o Ibovespa protagonizou sua maior queda mensal, cerca de 6,57%, desde março do ano passado. Com efeito, os fundos de ações sentiram o impacto e tiveram mais resgates do que depósitos no período.
Logo, os mesmos tiveram um saldo de captação negativo de R$ 3 bilhões. Isto é, o pior desempenho mensal desde janeiro deste ano, que ficou em R$ 23,1 bilhões.
Fundos de ações no vermelho
Mesmo setembro sendo especialmente ruim para os fundos de ações, os mesmos continuam com o saldo positivo na base anual, com depósitos líquidos alcançando R$ 7,8 bilhões.
Por outro lado, os multimercados também terminaram no negativo. Logo, a categoria finalizou o mês com saques líquidos de R$ 13,4 bilhões. Desde abril de 2020, essa classe não registrava uma captação tão ruim.
Qual classe ficou em azul?
O dólar frente ao real impulsionou algumas classes de investimentos, tais como os depósitos líquidos em fundos cambiais, que em setembro registraram R$ 171,7 milhões, valor muito superior ao mês anterior, com R$ 18,1 milhões.
No entanto, a classe mais favorecida na avalanche negativa do mês foi a impulsionada pela elevação da taxa básica de juros (Selic) para 6,25% ao ano. Ou seja, a renda fixa.
De acordo com a Anbima, esta classe somou uma captação líquida de R$ 34,9 bilhões. Na base anual, os fundos acumulam depósitos líquidos de R$ 237,2 bilhões. Portanto, este foi o maior valor já registrado desde 2006.
Além disso, para os fundos de participação (FIPs) e de investimento em direitos creditórios (FIDCs), o período também foi positivo, com as captações líquidas de R$ 414 milhões e de R$ 3,9 bilhões, respectivamente.
Rendimento dos fundos de renda fixa
Em suma, os fundos cambiais foram os que mais se sobressaíram no mês de setembro entre todos os outros, com um retorno de 5,18%.
Em seguida, vem os fundos de renda fixa com dívida externa, que detém uma rentabilidade de 4,56% ao mês. Via de regra, essa modalidade investe 80% do patrimônio líquido em títulos de dívida externa de responsabilidade da União.
No entanto, todas as subclasses dos fundos registraram no final do mês de setembro um saldo negativo. Os fundos de ações do tipo FMP-FGTS, por sua vez, ficaram em evidência, sendo constituídos para oferecer os investimentos de recursos do FGTS em ações de empresas. Tais como, Petrobras (PETR3 e PETR4) e Vale (VALE3).
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