Na semana passada, a Bovespa registrou queda de 0,33%, com índice em 112.899 pontos mesmo com a situação tensa nos cenários global e local. O mercado americano caiu comparativamente mais com o Dow Jones em -1,24% e Nasdaq com -3,19%. Dólar por aqui com alta de 0,29% e cotado a R$ 5,36, e petróleo WTI, em NY, com valorização de 2,50%.
Investidores preocupados ainda com a situação da Evergrande, gigante chinesa de incorporações, o feriado prolongado na China que atrapalha bastante (principalmente commodities), e aqui reformas que não andam, precatórios sem definição e governo e parlamentares visando medidas populistas que só pioram o quadro fiscal, apesar de dados melhores coletados no curto prazo.
Hoje, mercados da Ásia terminaram o dia com desempenho negativo, com Hong Kong com -2,19% e Tóquio com -1,13%, por conta da Evergrande e subsidiárias suspensas no mercado de Hong Kong e Europa já passando do campo negativo para levemente positivo. Os futuros do mercado americano operando no negativo neste início de manhã. Aqui, não podemos perder o patamar de 109.000 pontos, e só começa a melhorar se mantiver a faixa de 112.000 e buscar o patamar de 115.000 novamente.
No Japão, Fumio Kishida foi eleito primeiro-ministro e pode ampliar a flexibilização monetária para acelerar a recuperação. Hoje também é dia de reunião da OPEP+, que pode decidir ampliar a produção de óleo de seus membros e, com isso, manter o plano de acréscimo de 400 mil barris por dia.
A China deve adotar solução política para a Evergrande de vender ativos para outras estatais e também selecionar pagamentos de credores. No mercado internacional, o petróleo WTI, negociado em NY, mostrava leve alta (saindo de negativo) de 0,07%, com o barril cotado a US$ 75,93. O euro era transacionado em alta para US$ 1,161, e notes americanos de 10 anos com taxa de juros de 1,49%. O ouro e a prata tinham quedas na Comex, e commodities agrícolas com desempenho misto.
No segmento doméstico, a Fipe anunciou o IPC de setembro em desaceleração para 1,13% (anterior em 1,44%), acumulando no ano +7,26% e, em 12 meses, +10,52. O governo deve buscar solução para os combustíveis, depois de reuniões na semana passada, e a tendência é de criar um fundo de estabilização de preços no curto prazo e/ou mexer no ICMS dos estados, o que geraria muitos ruídos em época eleitoral.
Na agenda do dia, teremos a nova pesquisa semanal Focus do Bacen e as vendas de veículos pela Fenabrave. Nos EUA, saem as encomendas à indústria de agosto.
Expectativa de Bovespa podendo tentar seguir em alta, dólar mais fraco e juros em queda.