Por: Tayllis Zatti
O pessimismo tomou conta dos mercados no dia de ontem. A pressão sofrida pelos desafios domésticos e pelas mudanças dos ventos que vem de fora, levaram o índice ao patamar dos 110 mil pontos novamente.
O fato é que as preocupações vêm de todos os lados atualmente. Antes da pandemia, as principais economias mantinham uma atuação expansionista em sua política monetária; no mínimo, em alguns casos, neutra. Grande parte dos países cresciam em ritmo satisfatório, o que não vemos mais, principalmente nas duas grandes potências mundiais: EUA e China.
Nos Estados Unidos, o raciocínio subjacente à redução das compras de títulos é que o Fed não pode continuar expandindo seu balanço indefinidamente sem colocar em risco sua própria credibilidade. Isso significa que, mesmo com sua enorme capacidade de alavancagem que é proporcionada pelo maior PIB mundial, há limites para sua própria expansão.
Na China, a situação é ainda mais preocupante. O governo chines, como muitos devem saber, é um governo socialista que permite alguma “liberdade empresarial”. Liberdade essa que é duramente fiscalizada e possui duras regras, acionadas sempre que o Estado percebe alguma falta de controle sobre a economia e/ou sociedade.
Mas porque eu toco nesses assuntos? Esse é um momento para se ter clareza sobre as “regras do jogo”. Momento de acompanhar de perto a situação das principais economias mundiais e como essas estão enfrentando a crise. As transações com criptomoedas, a crise da Evergrande – e a possível tentativa do governo chines de salvá-la – a tendência de política monetária do Fed, a retomada da economia europeia, entre outros pontos a serem observados, são pautas principais para alimentar o mercado com uma dose pesada de volatilidade.
Hoje o dia foi mais calmo, mesmo com uma agenda econômica significativa. O Brasil registrou a abertura de 372.265 vagas formais de trabalho em agosto. Esse foi o maior resultado para o mês da série iniciada em 2010, de acordo com o Caged. A expectativa era de abertura de 272.500 postos.
Com a divulgação do dado e o maior otimismo referente ao quadro fiscal (com a sinalização de Pacheco de que o relatório da reforma do IR sai até o fim de outubro e o empenho do governo em aprovar a PEC dos precatórios) o Ibovespa ganhou força e fechou o dia em alta de 0,89%, aos 111.106,83, com um volume financeiro negociado de R$30,6 bilhões.
Ainda sobre o cenário macro do mercado, o BTG Pactual divulgou hoje um cálculo que aponta o múltiplo preço-lucro do Ibovespa para os 12 meses à frente bateu em 11x, ficando abaixo da média. Os dados, que excluem Vale e Petrobras , podem indicar que a Bolsa está “oversold”, ou que o mercado está incorporando possíveis revisões para baixo do lucro das companhias.
Sobre as informações importantes das empresas, está a notícia de que a Petrobras informou que a CNOOC têm interesse no exercício de opção de compra de parcela adicional de 5% no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Campos. A opção faz parte do contrato assinado no leilão do volume excedente ao Contrato de Cessão de Cessão Onerosa, realizado em 6/11/2019. O valor à vista no fechamento da operação é estimado em US$2,08 bilhões. Em fato relevante, a Petrobras informou que os valores serão atualizados até o fechamento da transação, que precisa ser aprovada ainda pelo Cade, ANP e MME.
A estatal disse também que a operação não deve ter impacto em sua meta de produção deste ano e que aguarda o posicionamento de sua outra parceira no campo, a CNODC.
Destaque também para a Braskem, que ampliou ganhos e disparou no pregão de hoje. Isso porque a empresa informou que a Braskem Idesa, controlada da Braskem Netherlands B.V., assinou um aditivo de contrato com a Pemex (Petróleos Mexicanos), para quitação de pendências contratuais.
Já a Unidas e a Localiza figuraram entre as maiores perdas do índice, Não há notícia específica sobre as companhias que poderiam justificar o movimento, entretanto, a falta de carros para comprar no país pode estar afetando os papéis das locadoras de veículos. Para quem possui papéis do setor, a Locaweb fará uma AGE (Assembleia Geral Extraordinária) no dia 29/10. Para entender a pauta a ser discutida, clique aqui!
Lembrando que nos próximos dias as empresas Eterni e Mont Aranha debaterão, em AGE, a redução do capital social das companhias. Já as empresas Iguatemi e Lojas Renner discutirão o aumento do capital social das companhias. Além disso, 3 empresas debaterão, alterações no Estatuto Social: Jereissati, Banese, e CEEE-GT. Para conferir as datas e mais detalhes de cada companhia em específico, confira a agenda completa de assembleias aqui!
Comentarei mais detalhadamente sobre a agenda de proventos na sexta-feira. Para já acompanhar a agenda na íntegra, clique aqui!
Últimas do dia:
#AZUL4 #GOLL4 – Grupo de nove credores da Latam, formado por fundos de investimentos e gestoras de capital, está insatisfeito com os rumos do processo de recuperação judicial da aérea na Justiça de Nova York e já cogita a possibilidade de apresentar um plano alternativo.
#VALE3 – Vale comunicou ao mercado na manhã desta quarta-feira (29) que todos os 39 empregados que estavam na mina subterrânea Totten, em Sudbury, Canadá, já estão em superfície. O resgate foi concluído de forma segura e todos passam bem.
#ONCO3 – Oncoclínicas assinou, por meio de sua controlada, acordo de investimento com a Unimed Belo Horizonte Cooperativa de Trabalho Médico, por meio do qual a Unimed BH passará a deter 15% de participação no capital social do Instituto Materno Infantil de MG.
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