Moedas digitais de bancos centrais podem agilizar pagamentos internacionais; entenda como funciona

Com o avanço da pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19) , surgiram uma série de novidades surgiram. Um exemplo é a valorização da tecnologia e dos meios digitais como, por exemplo, as moedas digitais de bancos centrais (CBDCs). 

Embora só existam em Bahamas no momento, os grandes bancos centrais do mundo já estão projetando a introdução delas em seus países. Sendo assim, o Banco Central do Brasil também anda estudando o desenvolvimento de suas moedas digitais.

Outro meio de pagamento muito utilizado atualmente, além do dinheiro em espécie, são as transferências e depósitos bancários. No entanto, apesar de terem segurança, ainda existem diversos riscos.

De acordo com Banco de Pagamentos Internacionais (BIS), a implementação das moedas digitais de bancos centrais pode trazer uma série de facilidades para o dia a dia das pessoas.

O que são moedas digitais do BC?

Em resumo, as moedas digitais de bancos centrais representam uma nova maneira de dinheiro. Com um formato 100% digital, dinheiro e emitido pelos governos e funciona como uma moeda corrente legal.

Apesar de sempre confundidas e comparadas com a maior criptomoeda do mundo, o Bitcoin, estas apresentam uma condição que se diferem. Isto é, a criptomoeda é descentralizado, enquanto as moedas digitais são emitidas por um banco central.

Segundo o BIS (Banco de Compensações Internacionais), com a introdução delas nos países, os pagamentos internacionais podem sofrer redução de custo e levar um tempo menor para a transação ser, de fato, realizada. Em relatório publicado, ao invés de durar cerca de três a cinco dias para concluir as transações, podem levar segundos.

Visto que, as moedas digitais descomplicam os longos processos pelos quais os pagamentos passam ​​por meio de uma rede de bancos. Além disso, elas ainda podem reduzir quase 50% dos custos.

Quais existem?

Em Bahamas, por exemplo, as moedas digitais foram implementadas em outubro de 2020. Denominadas de  “Sand Dollar”, a mesmas são emitidas pelo banco central, igual ao dólar bahamense (BSD).

Desse modo, diversos bancos centrais e governos estão explorando esta implementação. A moeda digital da China já se encontra em período de teste, centralizada no varejo e projetada para reproduzir o capital em circulação.

Portanto, a China nomeou a moeda de e-yuan, para não apenas competir com as criptomoedas, mas sim promover atualizações nos meios de pagamento. Assim, garantindo controle estatal sobre o fluxo de capital e evitando remessas de ativos ao exterior sem a ciência do Estado.

Em contrapartida, outros bancos avaliam a introdução das moedas digitais de atacado para aprimorar o funcionamento interno dos sistemas financeiros do país.

Sendo assim, países como Estados Unidos, Chile, Índia, Marrocos, Países Baixos e Austrália se encontram em fase de pesquisas e análises para a implementação do projeto. Já o Brasil, Africa do Sul, Canadá e Japão estão mais avançados em seus estudos, em fase de desenvolvimento.

Moedas digitais de bancos centrais podem agilizar pagamentos internacionais; entenda como funciona
Possível implementação das moedas digitais do Banco Central

Como ajudam no governo e pagamentos?

Em suma, existem três principais motivadores que impulsionam a criação de moedas digitais pelo governo. Entre elas, a centralização das criptomoedas e do Bitcoin, o surgimento de debates sobre stablecoins e a introdução das Big Techs no setor das finanças.

A implementação poderá facilitar o acesso ao dinheiro sem complicações. além disso, não haverá a necessidade da utilização de uma conta bancária para ter às moedas digitais. Ou seja, seria um benefício para a população que tem acesso limitado às finanças tradicionais.

De acordo com o Decrypt, a administração do dinheiro em espécie representa 1,5% do produto interno bruto (PIB) de um país. Sendo assim, a criação destas moedas pode oferecer uma economia significativa para os governos.


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