Ontem foi dia de volatilidade na Bovespa, oscilando entre positiva e negativa, com direito a susto com Petrobras e Vale. Acidente em mina da Vale, no Canadá, deixou 39 presos (que estão vivos e sendo resgatados), e a Petrobras disse em coletiva que mantém estrutura de preços de combustíveis, após a forte pressão do presidente da Câmara na semana passada.
Resultado disso, a Bovespa fechando novamente em alta de 0,27% e índice em 113.583 pontos, dólar com alta de 0,65% e cotado a R$ 5,36 (outro fator de pressão sobre os combustíveis) e mercados americanos com comportamento misto.
Hoje, Bolsas da Ásia encerrando o dia mais pesadas, mas com Hong Kong com +1,20% e Xangai com +0,54%. Na Europa, dia começando com quedas, e até acelerando perdas, e futuros do mercado americano no campo negativo também acelerando. Aqui, seguimos na toada de tentar passar o patamar de 115.000 pontos do Ibovespa para poder mirar na faixa mais alta de 120.000 pontos. Não deveríamos perder a casa de 112.000 e 110.000 pontos.
Na Alemanha, o índice GFK de confiança do consumidor de outubro surpreendeu com alta para 0,3 ponto, vindo de -1,1 ponto e expectativa de queda para -1,9 ponto. Na China, o lucro industrial anualizado de agosto observou desaceleração para +10,1%, vindo de +16,4% em julho, mas, no comparativo dos oito primeiros meses do ano, com expansão de 49,5%.
Nos EUA, o presidente do FED, Jerome Powell, e a secretária do Tesouro, Janet Yellen, divulgaram discurso que fazem hoje no Senado americano. Powell aparentemente repete sua coletiva da semana passada, falando da recuperação da economia e emprego, enquanto Yellen faz carga na suspensão do teto da dívida, sem o qual o país poderia fazer o primeiro default e entrar em recessão. O prazo vai acabando para definição.
O petróleo brent está no maior nível em três anos, enquanto o WTI subiu nas últimas cinco semanas, ontem com quase +2,0% e hoje novamente em alta. No mercado internacional, o WTI, negociado em NY, mostrava alta de 0,94%, com o barril cotado a US$ 76,16. O euro era transacionado em queda para US$ 1,679, e notes americanos de 10 anos com taxa de juros de 1,54%. O ouro e a prata mantinham quedas na Comex, e commodities agrícolas com comportamento negativo na Bolsa de Chicago.
Aqui, o auxílio emergencial com expectativa de ser prorrogado e entrando pelo ano de 2022 está em discussão no governo, ainda sem definição, e o presidente Bolsonaro quer distribuir botijões de gás a cada dois meses para os beneficiários do Bolsa Família. Aliás, Bolsonaro falou muito no final do dia e seguiu sem tom suave, mas dizendo que os precatórios poderiam ter sido armação para seu governo.
Já o relator da reforma do Imposto de Renda diz não aceitar pressões, e deve usar os 15 dias para preparar seu relatório. A FGV anunciou a confiança da indústria de setembro em recuo de 0,6 ponto, para 106,4 pontos, sendo essa a segunda queda mensal seguida.
A agenda do dia está cheia de eventos aqui e no exterior, com capacidade de influir no comportamento dos mercados de risco. Porém, a expectativa inicial é de Bovespa seguindo exterior fraco, dólar mais forte e juros dependente da ata do Copom que está sendo divulgada.
